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Copa do Mundo de Futebol Feminino

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Primeira copa do mundo feminino

Copa do Mundo de Futebol Feminino

A competição global de futebol feminino, conhecida como Copa do Mundo FIFA de Futebol Feminino, é um torneio internacional onde seleções femininas filiadas à Federação Internacional de Futebol (FIFA) competem. Este evento ocorre a cada quatro anos, seguindo um ano depois da Copa do Mundo FIFA masculina, com a primeira edição tendo sido realizada na China em 1991. No formato atual, 31 equipes se qualificam ao longo de três anos para o torneio, enquanto a equipe do país anfitrião ganha automaticamente a 32ª vaga.

Desde o início da Copa do Mundo Feminina, cinco seleções distintas já conquistaram o título nas nove edições realizadas. Os Estados Unidos lideram com quatro vitórias, seguidos pela Alemanha com dois títulos e Japão, Noruega e Espanha com um título cada, sendo a Espanha a campeã mais recente após vencer o torneio de 2023 na Austrália e Nova Zelândia.

A Copa do Mundo Feminina já foi sediada por seis países diferentes. China e Estados Unidos sediaram o evento duas vezes cada, enquanto Canadá, França, Alemanha e Suécia sediaram uma vez cada. Em 2023, a Austrália e a Nova Zelândia foram as anfitriãs, marcando a primeira vez que o torneio ocorreu no Hemisfério Sul, a primeira vez sediado por dois países e o primeiro evento da FIFA, seja masculino ou feminino, a acontecer em duas confederações distintas.

Adicionalmente, a FIFA também organiza torneios juvenis de futebol feminino, como a Copa do Mundo FIFA Sub-20 e a Copa do Mundo FIFA Sub-17 de Futebol Feminino.

História

Primeira copa do mundo feminino italia

O início da Copa do Mundo Feminina pode ser rastreado até 1970 na Itália, com a primeira competição nomeada como tal acontecendo em julho desse ano. Organizada pela Federação de Futebol Feminino Europeu Independente, foi batizada de Martini & Rossi Cup. Logo depois, em 1971, um outro evento não oficial ocorreu no México, onde a Dinamarca sagrou-se campeã ao vencer o México por 3-0 na final no Estádio Azteca. Nos anos 80, a Itália sediou o Mundialito Feminino em quatro ocasiões, com Itália e Inglaterra ganhando dois títulos cada.

A década de 1970 viu o levantamento de várias proibições ao futebol feminino, resultando na formação de novas equipes ao redor do mundo. Após torneios continentais femininos oficiais na Ásia em 1975 e na Europa em 1984, Ellen Wille reivindicou um maior empenho da FIFA na promoção do futebol feminino. Como resposta, a FIFA organizou o Torneio Feminino de 1988 na China para testar a viabilidade de uma Copa do Mundo Feminina global. Doze seleções participaram, representando diversas confederações. Com a presença de 45.000 pessoas no jogo de abertura entre China e Canadá e uma média de 20.000 espectadores por partida, o torneio foi um sucesso. A Noruega ganhou o título ao vencer a Suécia por 1 a 0, enquanto o Brasil ficou em terceiro. Devido a esse sucesso, a FIFA aprovou a criação de uma Copa do Mundo oficial para 1991, novamente na China. Nessa edição, os Estados Unidos conquistaram o título ao derrotar a Noruega, com Michelle Akers marcando dois gols.

A edição de 1995 na Suécia inovou com a introdução de um tempo limite, que foi posteriormente ajustado para ocorrer somente em pausas no jogo. Nessa edição, a Noruega se destacou ao marcar 17 gols na fase de grupos e vencer a Alemanha por 2 a 0 na final, conquistando seu primeiro título. Em 1999, um dos momentos icônicos foi a celebração de Brandi Chastain dos EUA ao marcar o pênalti decisivo contra a China, tirando a camisa e a balançando sobre a cabeça. A final desse ano, realizada no Rose Bowl na Califórnia, atraiu um público recorde de 90.185 pessoas.

As edições de 1999 e 2003 foram sediadas nos Estados Unidos; a edição de 2003 originalmente seria na China, mas foi transferida devido à Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS). Como compensação, a China sediou a Copa do Mundo Feminina de 2007. A Alemanha foi escolhida como sede em 2011, e o Canadá em 2015, onde a competição expandiu de 16 para 24 equipes.

Na edição de 2015, Formiga do Brasil e Homare Sawa do Japão disputaram sua sexta Copa do Mundo, um recorde. Christie Pearce tornou-se a jogadora mais velha a competir em uma Copa do Mundo Feminina, aos 40 anos. A França foi escolhida para sediar o evento em 2019.

Em junho de 2020, a FIFA anunciou que a Austrália e a Nova Zelândia sediariam a Copa do Mundo Feminina de 2023, marcando a primeira vez que a competição seria realizada por dois países e com uma expansão para 32 equipes. Essa edição também foi pioneira ao ser a primeira com seleções profissionais sediadas nessas localidades.

Troféu

Primeira copa do mundo feminino Trofel

O troféu atual, criado em 1998 para o torneio de 1999, apresenta um design único com uma faixa espiralada circundando uma bola de futebol na parte superior, simbolizando o dinamismo, a elegância e o espírito atlético do futebol feminino internacional. Na década de 2010, adicionou-se uma base em forma de cone ao troféu. Os nomes dos vencedores anteriores são gravados na parte inferior da base. Este troféu, com 47cm de altura e pesando 4,6kg, é confeccionado em prata com um revestimento de ouro amarelo e branco de 23 quilates. Em 2015, seu valor estimado era de aproximadamente $30.000. Em contrapartida, o troféu da Copa do Mundo masculina é feito de ouro 18 quilates, avaliado em $150.000. Uma diferença marcante é que um novo troféu é produzido para cada campeã feminina, enquanto na competição masculina existe apenas um troféu original mantido pela FIFA, com os campeões masculinos recebendo réplicas. Além disso, desde 2007, os vencedores recebem o Distintivo dos Campeões da FIFA, que é exibido nas camisas da equipe campeã até a definição do próximo vencedor do torneio.

Premiações Individuais 

Ao término de cada edição da Copa do Mundo, diversos prêmios são entregues a jogadores e equipes por realizações além de suas classificações finais no campeonato.

Atualmente, a FIFA, através do seu Grupo de Estudos Técnicos, avalia e concede cinco prêmios pós-torneio:

  • A Bola de Ouro (conhecida comercialmente como “Bola de Ouro Adidas”) é dada ao melhor jogador do torneio, uma tradição desde 1991;
  • A Chuteira de Ouro (chamada comercialmente de “Chuteira de Ouro Adidas”) premia o artilheiro do torneio, entregue desde 1991;
  • A Luva de Ouro (comercialmente conhecida como “Luva de Ouro Adidas”, anteriormente Melhor Goleiro) é atribuída ao melhor goleiro do torneio, uma prática desde 2003;
  • O Prêmio Jogador Jovem da FIFA, destinado ao melhor jogador com menos de 21 anos no início do ano civil, concedido pela primeira vez em 2011;
  • O Troféu FIFA Fair Play, que reconhece a equipe com o melhor histórico de fair play do torneio, entregue desde 1991.

Além disso, há um prêmio decidido pela votação dos fãs durante o torneio:

  • O Jogador da Partida (comercialmente chamado de “Jogador da Partida VISA”), entregue desde 2003, homenageia a performance excepcional de um jogador em cada jogo.

Após a conclusão do torneio, os fãs também votam em outro prêmio:

  • O Gol do Torneio (nomeado comercialmente como “Gol Hyundai do Torneio”) é dado ao melhor gol marcado, conforme a escolha dos torcedores, uma tradição desde 2007.

Entretanto, existem cinco prêmios que não são mais concedidos:

  • O All-Star Squad, selecionando o melhor elenco do torneio (escolhido pelo grupo de estudos técnicos, concedido de 1999 a 2015);
  • O Time Mais Divertido, premiando a equipe que mais agradou o público (votado pelos torcedores após o torneio, concedido em 2003 e 2007);
  • O FANtasy All-Star Team, para a melhor escalação de onze jogadores escolhida pelos fãs (votado após o torneio, concedido em 2003);
  • O Dream Team, para o melhor técnico e escalação de onze jogadores segundo a torcida (votado após o torneio, concedido em 2015);
  • Os Jogadores que Ousaram Brilhar, para dez jogadores-chave que se destacaram (escolhidos pelo grupo de estudos técnicos, premiados em 2019).

Público

O público presente nas Copas do Mundo de Futebol Feminino tem crescido significativamente ao longo dos anos, refletindo um aumento no interesse e na popularidade do futebol feminino globalmente. Aqui estão alguns pontos destacados sobre a evolução do público nesses torneios:

  1. Início Modesto: A primeira Copa do Mundo oficial de Futebol Feminino, realizada na China em 1991, atraiu um público razoável, mas ainda distante dos números vistos no futebol masculino.
  2. Crescimento Constante: Ao longo das edições seguintes, houve um aumento constante na quantidade de espectadores. Por exemplo, a Copa do Mundo de 1999 nos Estados Unidos estabeleceu um novo padrão, com jogos disputados em grandes estádios e uma final que atraiu cerca de 90.000 espectadores no Rose Bowl, na Califórnia.
  3. Recordes Quebrados: A Copa do Mundo Feminina de 2015, realizada no Canadá, quebrou vários recordes de público. Mais de 1,3 milhão de espectadores assistiram aos jogos ao vivo, com a final entre EUA e Japão atraindo um grande público tanto no estádio quanto em transmissões televisivas.
  4. Impacto da Televisão e Mídia: A transmissão televisiva e a cobertura da mídia têm desempenhado um papel fundamental no aumento do público. Mais pessoas estão assistindo aos jogos em casa ou em locais públicos, ampliando o alcance e a popularidade do torneio.
  5. Desafios e Oportunidades: Apesar do crescimento, as Copas do Mundo de Futebol Feminino ainda enfrentam desafios em termos de igualdade de gênero, investimento e visibilidade quando comparadas com as versões masculinas. No entanto, cada edição tem mostrado que há um potencial significativo para mais crescimento e reconhecimento.
  6. Evolução Cultural e Social: O aumento do público também reflete mudanças culturais e sociais no que diz respeito ao esporte feminino. A aceitação e o apoio ao futebol feminino estão em ascensão, o que é um sinal positivo para o futuro do esporte.

Em resumo, as Copas do Mundo de Futebol Feminino têm testemunhado um crescimento contínuo em seu público, demonstrando não apenas o aumento da popularidade do esporte, mas também um avanço na luta pela igualdade de gênero no esporte.

Marta nas Copas do Mundo

_copa do mundo feminino Marta

Marta, a jogadora brasileira conhecida mundialmente, tem uma história notável nas Copas do Mundo de Futebol Feminino. Considerada uma das melhores jogadoras de todos os tempos, ela fez contribuições significativas para o futebol feminino, tanto dentro quanto fora do campo. Aqui estão alguns destaques de sua jornada nas Copas do Mundo:

  1. Estreia Impactante: Marta estreou na Copa do Mundo de Futebol Feminino em 2003, nos Estados Unidos. Mesmo sendo muito jovem, ela já demonstrava um talento excepcional e uma habilidade impressionante com a bola.
  2. Desempenho de Destaque: Ao longo de sua carreira em Copas do Mundo, Marta se destacou como uma jogadora-chave para a seleção brasileira. Ela é conhecida por sua velocidade, técnica refinada, habilidade no drible e poder de finalização.
  3. Recordes: Marta detém vários recordes na Copa do Mundo Feminina, incluindo o de maior artilheira da história do torneio. Ela ultrapassou a marca anteriormente detida pela jogadora alemã Birgit Prinz e pelo jogador masculino Miroslav Klose.
  4. Final de 2007: Um dos momentos mais notáveis de Marta em Copas do Mundo foi durante a edição de 2007, na China, onde ela ajudou a levar a seleção brasileira à final contra a Alemanha. Apesar de não terem conquistado o título, a performance de Marta foi inesquecível.
  5. Reconhecimento e Prêmios: Marta recebeu inúmeros prêmios e reconhecimentos por suas atuações em Copas do Mundo, incluindo a Bola de Ouro como melhor jogadora do torneio.
  6. Influência Fora do Campo: Além de suas realizações em campo, Marta é uma embaixadora do futebol feminino. Ela tem usado sua plataforma para promover a igualdade de gênero no esporte e inspirar a próxima geração de jogadoras de futebol.
  7. Copa do Mundo de 2019: Na Copa do Mundo de 2019 na França, Marta continuou a demonstrar sua habilidade e liderança, apesar de enfrentar desafios, incluindo lesões.

Em resumo, Marta não é apenas uma jogadora excepcional; ela é uma figura icônica no futebol feminino. Sua contribuição para as Copas do Mundo e para o esporte em geral vai muito além dos recordes e dos prêmios. Ela é uma fonte de inspiração para muitas pessoas ao redor do mundo, representando habilidade, determinação e a luta pela igualdade no esporte.

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