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Clube do Remo: Uma Potência Esportiva em Belém desde 1905

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A história do Clube do Remo como nunca contada antes.

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O Clube do Remo, uma instituição esportiva de destaque em Belém, foi fundado em 5 de fevereiro de 1905, inicialmente sob o nome Grupo do Remo, por um grupo de entusiastas dissidentes do Sport Club do Pará. Após uma breve pausa em suas atividades entre 1908 e 1911, o clube foi reorganizado e, em 1914, adotou o nome pelo qual é conhecido hoje.

O Leão Azul: Um Símbolo de Força e Tradição

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Conhecido popularmente como Leão Azul, o Clube do Remo não apenas se destaca pela sua cor oficial, o azul-marinho, mas também pela figura de sua mascote. O clube tem o Estádio Baenão como sua propriedade, além de realizar partidas no Mangueirão, e mantém uma acirrada rivalidade com o Paysandu, contra quem disputa o clássico Re-Pa, um dos mais tradicionais e jogados do mundo. Além disso, enfrenta a Tuna Luso no clássico Re-Tu, tendo vantagem em vitórias, gols marcados e decisões de títulos, assim como na quantidade de torcedores.

Popularidade e Conquistas no Norte do Brasil

O Remo se destaca como uma das equipes mais populares do Norte brasileiro, com uma torcida volumosa e apaixonada. Em 2005, o clube bateu recordes de público no Campeonato Brasileiro de Futebol, com uma média de 30.869 torcedores por jogo, frequentemente figurando entre as maiores médias de público do país.

No âmbito profissional, o Remo celebra diversas conquistas, incluindo 47 títulos estaduais, uma Copa Verde em 2021 e um Campeonato Brasileiro da Série C em 2005, além de triunfos regionais como o Campeonato Norte-Nordeste em 1971.

Uma História Rica em Esporte e Cultura

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Desde sua fundação no início do século XX, durante a prosperidade do ciclo da borracha, o Clube do Remo se firmou como um pilar das transformações socioculturais em Belém, ganhando o apelido de “Paris n’América” devido à sua influência e modernização.

A criação do clube foi motivada por desentendimentos dentro do Sport Club do Pará, levando a um grupo de visionários a estabelecer uma nova agremiação dedicada ao remo e outros esportes.

Reorganização e Renascimento

Após uma breve extinção em 1908, o clube foi revitalizado em 1911, graças aos esforços do “Cordão dos Onze”, um grupo de membros dedicados. Esta data de reorganização é celebrada com tanto fervor quanto a data de fundação original.

O Clube do Remo rapidamente se consolidou como campeão náutico paraense, estendendo seu domínio a outros esportes, como natação, basquete, vôlei e futsal, alcançando títulos e reconhecimento nacional e internacional.

Um Gigante no Futebol

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No futebol, o Remo adicionou o esporte ao seu repertório em 1913, imediatamente fazendo história com campanhas vitoriosas que culminaram em um heptacampeonato estadual entre 1913 e 1919. O clube também fez marcantes participações nas séries A e B do Campeonato Brasileiro, além da Copa do Brasil, alcançando posições de destaque que reforçam sua estatura como uma das forças do futebol nortista.

O Clube do Remo não apenas se orgulha de sua rica herança e conquistas em diversas modalidades esportivas, mas também continua a ser um símbolo de paixão, comunidade e excelência esportiva no Norte do Brasil.

Pioneirismo no Futebol Paraense

Na década de 1940, o Clube do Remo iniciou um movimento transformador ao importar jogadores, marcando o advento do profissionalismo no futebol do Pará. Em 1945, o clube fez história ao registrar Manolo, Jambo e Arquimedes como os primeiros jogadores profissionais do estado.

Esse momento significativo destacou a transição para uma nova era, onde os atletas começaram a ser remunerados, alinhando-se com uma prática que havia começado em São Paulo em 1933.

Reconquista Estadual e Domínio Local

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Após um período de nove anos sem conquistar títulos, uma das fases mais desafiadoras na história do clube, o Remo emergiu triunfante em 1949. A equipe demonstrou sua superioridade ao vencer o Paysandu por 4 a 1 na final estadual, realizada no estádio da Curuzu, em 8 de janeiro de 1950.

Essa vitória marcante deu início a uma campanha impressionante de 10 jogos, culminando com oito vitórias, um empate e uma derrota, além de marcar 28 gols e sofrer apenas nove. Esse sucesso contínuo permitiu ao Leão Azul conquistar o bicampeonato paraense em 1950, consolidando seu domínio no futebol local.

Sucesso Internacional na Venezuela

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Em janeiro de 1950, o Clube do Remo embarcou em uma excursão histórica à Venezuela, aceitando um convite para competir no Torneio Internacional de Caracas. Essa competição é vista por alguns como um precursor da Pequena Taça do Mundo, realizada nas décadas de 1950 e 1960.

O Remo conquistou o torneio com quatro vitórias em cinco jogos, incluindo vitórias significativas sobre equipes como La Salle Fútbol Club e Deportivo Italia, com apenas uma derrota contra o Loyola Sport Club, a principal força do futebol venezuelano na época.

Embora o torneio tenha grande importância esportiva, ele não é oficialmente reconhecido pela CONMEBOL. No entanto, o Clube do Remo busca esse reconhecimento, refletindo sua relevância e contribuição histórica ao futebol sul-americano. No site oficial da CONMEBOL, o Remo é homenageado entre os clubes centenários que desempenharam um papel vital no desenvolvimento do futebol na região.

O Clube do Remo não apenas desbravou o caminho para o profissionalismo no futebol paraense, mas também se estabeleceu como uma força a ser reconhecida no cenário internacional, uma verdadeira prova de sua dedicação e excelência esportiva.

A Origem e Transformação do Escudo

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Desde a fundação do Clube do Remo em 1905, o escudo passou por várias transformações significativas. Inicialmente, a bandeira do clube apresentava um retângulo azul-marinho com uma âncora branca cercada por treze estrelas. Em 1911, após uma reorganização, a âncora foi substituída por um escudo que lembrava uma boia salva-vidas, adornado com um par de remos cruzados e as iniciais “GR” de Grupo do Remo.

Com a mudança de nome para Clube do Remo em 1914, o escudo foi atualizado para incorporar características da heráldica britânica, refletindo a influência europeia de alguns fundadores. A sigla mudou de GR para CR, mantendo a forma circular. A mais recente atualização em 2013 visou modernizar o escudo mantendo suas raízes, com um design arredondado e as iniciais CR destacadas em branco sobre um fundo azul-marinho.

Bandeira e Flâmula: Símbolos de Orgulho e Respeito

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O Clube do Remo distingue-se também por seus outros símbolos: a bandeira e a flâmula. A bandeira, de forma retangular e na cor azul-marinho, ostenta orgulhosamente o escudo no canto superior esquerdo, simbolizando a identidade e o espírito do clube. Já a flâmula, triangular e vertical, carrega o mesmo escudo acompanhado pelo nome do clube e o ano de sua fundação, usada para homenagear os adversários antes das competições, um gesto de esportividade e respeito.

O Leão: Mascote que Simboliza Força e Coragem

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O leão, escolhido como mascote em 1944, personifica perfeitamente o espírito guerreiro do Clube do Remo. A escolha foi inspirada por uma vitória emblemática sobre o São Cristóvão-RJ, destacada pelo jornalista Edgar Proença como a demonstração de uma “alma de leão”. Este símbolo de força e determinação está tão enraizado na identidade do clube que uma estátua de um leão azul-marinho adorna o estádio Evandro Almeida, reforçando a ligação indelével entre o mascote e o clube.

Um Hino Nascido da Alegria Carnavalesca

O hino do Clube do Remo, uma adaptação da marcha carnavalesca de Emílio Albim, foi transformado pelo poeta Antônio Tavernard em 1941. Originalmente criada para o bloco Cadetes Azulinos, a marcha foi reescrita para celebrar o espírito ativo e vibrante dos atletas e torcedores do Remo, tornando-se um hino que ressoa nas ruas de Belém e além, unindo gerações de torcedores em orgulho e paixão pelo clube.

Desde o seu escudo até o hino, o Clube do Remo carrega consigo uma rica história de tradição, orgulho e uma profunda conexão com a sua comunidade. Esses símbolos não são apenas emblemas de um clube esportivo, mas marcas de uma herança cultural vibrante na região do Pará.

A Conquista do Troféu Lauro Sodré

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Entre os anos de 1917 e 1934, o Troféu Lauro Sodré se estabeleceu como o grande prêmio do Campeonato Paraense de “Yole com Quatro”. A regra era clara: apenas o clube que triunfasse na competição por três vezes consecutivas poderia reivindicar a posse definitiva do troféu. Depois de muitas competições acirradas nas águas da baía do Guajará, o Clube do Remo se destacou ao se tornar tricampeão nos anos de 1931, 1933 e 1934 – não houve campeonato em 1932 – a bordo do barco “Tuchaua”. Até aquele momento, o Remo já havia conquistado o campeonato seis vezes.

O troféu, que simboliza um gladiador protegendo uma mulher e uma criança, foi criado na França por Jaeger. Pesando 45 quilos e medindo 60 centímetros de altura por 25 de largura, o troféu carrega uma placa de prata com a inscrição do campeonato de 1917, além de medalhas de ouro e prata que homenageiam os vencedores de cada temporada.

O Leão Marinho: Supremacia nas Águas

Além das conquistas no futebol, o Clube do Remo também demonstrou sua força nas competições náuticas.

Em 1971, a equipe de remo do clube alcançou uma vitória notável ao ganhar todos os dez primeiros páreos da primeira regata do ano, um feito semelhante ao do time de futebol que conquistou o campeonato paraense com 100% de aproveitamento em 2004.

Disputando em diversas categorias, o Remo acumulou 120 pontos na regata, competindo contra as maiores forças da canoagem no estado.

Campeões do Norte-Nordeste

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Em 2015, o Clube do Remo acrescentou mais um troféu ao seu hall de conquistas náuticas: a 50ª Copa Norte–Nordeste. Realizada em Belém, a competição contou com a participação de 11 clubes e duas federações de sete estados diferentes. Desde 1995, quando a competição passou a incluir clubes além dos estados, o Remo se destacou ao trazer o quarto título para o Pará, consolidando sua excelência tanto no futebol quanto no remo.

Essas conquistas sublinham a rica história esportiva do Clube do Remo, reforçando seu legado como uma instituição que transcende o futebol e marca presença dominante também nas competições náuticas.

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