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A História do Campeonato Brasileiro de Futebol

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A História do Campeonato Brasileiro de Futebol

O principal campeonato de futebol do Brasil, conhecido como Campeonato Brasileiro, Brasileirão ou Série A, constitui a liga de futebol profissional mais importante do país. É através desta competição que são selecionados os times brasileiros para a Copa Libertadores da América e o campeão do Brasileirão ganha um lugar na Supercopa do Brasil no ano seguinte.

Diferentemente de outros países sul-americanos, a implementação de um sistema de competição de futebol em nível nacional no Brasil enfrentou vários obstáculos. Entre eles, a vasta extensão geográfica do país, o desenvolvimento do futebol nos grandes centros urbanos fortalecendo as federações estaduais, as disputas de poder entre dirigentes de São Paulo e Rio de Janeiro, e a preferência da Confederação Brasileira de Desportos (CBD), antecessora da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), por um modelo de competição entre seleções estaduais. A CBD organizou, entre 1922 e 1962 e em 1987, um campeonato sob essa modalidade. O primeiro torneio nacional de clubes profissionais foi o Torneio dos Campeões da FBF em 1937, reconhecido pela CBF como Campeonato Brasileiro em 2023. Antes, em 1920, ocorreu o Campeonato Brasileiro de Clubes Campeões da CBD, ainda no período amador. A Taça Brasil, criada em 1959, foi a primeira competição nacional regular de clubes profissionais. Em 1967, o Torneio Rio-São Paulo se expandiu para incluir equipes de outros estados, tornando-se o Torneio Roberto Gomes Pedrosa, uma competição nacional. Em 1971, a CBD lançou o Campeonato Nacional de Clubes, considerado o início do Campeonato Brasileiro de 1976 a 2010. O primeiro campeonato oficialmente denominado “Brasileiro” ocorreu em 1989. Em 2010, a CBF unificou títulos anteriores ao Campeonato Brasileiro.

Historicamente, o Brasileirão não teve um padrão fixo de disputa, com frequentes mudanças nas regras e no número de times participantes. Na década de 1990, a CBF estabeleceu um sistema mais regular entre as diferentes divisões. O formato do campeonato se estabilizou em 2003 com o sistema de pontos corridos. O Atlético Mineiro foi o primeiro campeão em 1937, e o Palmeiras tem o maior número de títulos. Desde 1937, dezessete clubes de sete estados e nove cidades diferentes foram campeões, destacando a competitividade do torneio.

O Campeonato Brasileiro é uma das ligas mais fortes do mundo, sendo a mais valiosa da América e a sétima mundial. Possui um alto número de clubes vencedores da Copa Libertadores da América e é reconhecido por sua equidade competitiva. Segundo a IFFHS, é um dos cinco campeonatos mais fortes do mundo e tem ampla audiência internacional, sendo transmitido em mais de 150 países.

Como tudo começou

Primeiro campeonato brasileiro

O Torneio dos Campeões da FBF, realizado em 1937, representou um marco na história do futebol brasileiro. Este torneio foi precedido pela primeira edição do Torneio Rio–São Paulo em 1933, vencido pelo Palestra Italia. Organizado pela Federação Brasileira de Futebol (FBF), esse torneio visava estabelecer um Campeonato Brasileiro de Clubes, em contraste com o campeonato de seleções da CBD, e funcionou como uma federação de futebol nacional entre 1933 e 1941.

O futebol no Brasil, desde o final do século XIX, enfrentou desafios para ultrapassar as barreiras estaduais, apesar da existência de clubes disputando campeonatos locais. Antes da década de 1910, não existia uma entidade nacional para regulamentar o futebol, até o surgimento das Federações Brasileira de Sports (FBS) e Brasileira de Football (FBF). Estas, contudo, foram absorvidas pela Confederação Brasileira de Desportos (CBD), que posteriormente incluiu em sua assembleia geral membros das federações associadas.

A CBD foi fundamental para organizar o futebol brasileiro, tanto em competições internacionais, como na primeira edição do Campeonato Sul-Americano de Futebol em 1916, quanto em torneios nacionais. Entretanto, enfrentou desafios financeiros e de atritos entre as ligas de Rio de Janeiro e São Paulo. Em 1922, a CBD organizou o primeiro Campeonato Brasileiro de Seleções Estaduais, que foi a principal competição de futebol em nível federal até 1962.

Na década de 1930, surgiram tensões devido ao debate entre amadorismo e profissionalismo. Clubes de São Paulo e Rio de Janeiro romperam com a CBD e formaram uma nova FBF. Para se estabelecer, a FBF organizou um campeonato brasileiro de clubes profissionais em 1933, sendo a origem do Torneio Rio-São Paulo. No entanto, disputas políticas e a profissionalização do futebol interromperam as edições subsequentes do torneio até 1940.

Em 1937, ao invés de realizar o Campeonato Brasileiro de Seleções Estaduais, a FBF organizou o Torneio dos Campeões com clubes campeões estaduais de 1936, sendo reconhecido em 2023 pela CBF como a primeira edição do Campeonato Brasileiro. O Atlético-MG foi homologado como o primeiro campeão brasileiro.

Antes de 1940, a FBF e a CBD chegaram a um acordo, com a FBF participando da gestão do futebol nacional e a CBD focando na representação internacional. Com a promulgação do Decreto-Lei 3 199 em 1941, a FBF foi dissolvida e incorporada à CBD.

Assim, o Campeonato Brasileiro de Seleções Estaduais manteve-se como a principal competição do país. Contudo, os principais clubes, que já disputavam seus campeonatos estaduais e realizavam amistosos para arrecadação, resistiam a ceder jogadores para as seleções estaduais, gerando descontentamento com o modelo de disputa do campeonato.

Taça Brasil 

Taça Brasil

O período inicial de regularização das competições nacionais de futebol no Brasil foi marcado pela Taça Brasil e pelo Torneio Roberto Gomes Pedrosa/Taça de Prata, entre 1959 e 1970. A Confederação Brasileira de Desportos (CBD) reconheceu a necessidade de um torneio nacional que unisse clubes de todo o país. Isso levou à criação da Taça Brasil em 1959, após deliberações no Congresso Brasileiro de Futebol de 1955. Este torneio foi planejado para integrar equipes de diferentes estados, oferecendo uma alternativa ao Torneio Rio-São Paulo e à Copa Rio Internacional, que se limitavam a clubes cariocas e paulistas.

A Taça Brasil começou com um formato eliminatório, envolvendo campeões estaduais, e provou ser um sucesso financeiro tanto para os clubes quanto para a CBD. O Bahia conquistou o título em 1959, seguido pelo Palmeiras em 1960. O Santos dominou o torneio nas edições subsequentes, vencendo cinco vezes consecutivas. O torneio serviu não apenas para determinar o campeão nacional, mas também para selecionar o representante brasileiro na recém-criada Copa Libertadores da América.

Paralelamente, em 1967, o Torneio Rio-São Paulo foi expandido para incluir clubes de outros estados, tornando-se o Torneio Roberto Gomes Pedrosa, conhecido como “Robertão”. Este torneio foi adotado pela CBD e renomeado como Taça de Prata, estabelecendo-se como uma competição nacional de prestígio. Durante este período, mais de um clube foi reconhecido como “campeão brasileiro” pela imprensa, embora o Robertão/Taça de Prata fosse o único reconhecido oficialmente pela CBD.

O Palmeiras se destacou novamente em 1967, conquistando ambos os títulos nacionais, um feito único na época. Posteriormente, Botafogo e Santos foram reconhecidos como campeões brasileiros por suas vitórias na Taça Brasil e na Taça de Prata, respectivamente. O Robertão continuou a ser o principal torneio nacional até 1970, com o Palmeiras e o Fluminense conquistando os títulos finais. Durante esses anos, clubes de fora do eixo Rio-São Paulo, como Internacional, Grêmio, Atlético Mineiro e Cruzeiro, também se destacaram nas competições.

Torneio Roberto Gomes Pedrosa

Com o sucesso das quatro edições do Torneio Roberto Gomes Pedrosa, a CBD, em 1971, decidiu transformar o Robertão no Campeonato Nacional de Clubes. Este movimento, influenciado politicamente, marcaria a partir de 1976 a primeira edição do Campeonato Brasileiro, alterando o nome, mas mantendo um formato semelhante ao do Robertão. Esse momento é visto por alguns autores como um ponto de virada na história do futebol brasileiro.

O Atlético Mineiro se consagrou como o primeiro campeão dessa nova competição. A Taça Brasil havia terminado em 1968, e o Robertão, agora conhecido como Taça de Prata, era limitado a times de poucos estados. A nova estrutura do campeonato incluía primeira e segunda divisões, com equipes de vários estados, mas sem um sistema claro de promoção e rebaixamento, o que só viria a ser implementado em 1988.

Em 1975, com o fim da gestão de João Havelange na CBD e a ascensão de Heleno Nunes, a CBD passou por novas mudanças. Sob influência da ditadura militar, o número de times no campeonato aumentou, visando ampliar o alcance nacional do futebol e atender interesses políticos regionais. Neste mesmo ano, a competição foi renomeada para Copa Brasil, recebendo um novo troféu desenhado por Maurício Salgueiro.

Entre 1972 e 1987, os campeonatos estaduais serviram como qualificatórios para o Campeonato Brasileiro, embora houvesse convites a clubes que não se saíam bem nos estaduais. Em 1979, grandes clubes de São Paulo, exceto o Palmeiras, abandonaram o campeonato em protesto ao confuso sistema de classificação. Isso resultou em uma competição atípica, com Palmeiras e Guarani jogando apenas as fases finais e o Guarani tornando-se o primeiro clube de uma cidade do interior a vencer um campeonato nacional.

Durante essa fase, equipes como Palmeiras, Vasco da Gama, Internacional, São Paulo e Guarani conquistaram o título, refletindo a diversidade e o crescimento do futebol brasileiro em diferentes regiões do país.

Início da CBF

CBF

Durante o início dos anos 1980 até 1988, o futebol brasileiro experimentou diversas mudanças e crises. Em 1980, com a criação da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), surgindo da separação da Confederação Brasileira de Desportos (CBD), o futebol nacional ganhou uma nova entidade e um campeonato reformulado, a Taça de Ouro. A reformulação refletiu a necessidade de ajustes financeiros e a redução da influência do governo militar, que interferia frequentemente no campeonato. A crise econômica mundial, iniciada com a crise do petróleo de 1973, também teve impacto significativo no Brasil e no financiamento do futebol.

Em 1987, a CBF enfrentou dificuldades financeiras para organizar o campeonato, levando os principais clubes do país a formarem o Clube dos 13 e a criar um campeonato independente, a Copa União. Este torneio foi posteriormente reconhecido como parte do Campeonato Brasileiro, embora tenha sido marcado por controvérsias, especialmente em relação ao campeão de 1987. Flamengo e Internacional se recusaram a participar de um cruzamento com os times do Módulo Amarelo, resultando em uma disputa judicial sobre o título, que foi finalmente concedido ao Sport.

Em 1988, a CBF organizou a segunda Copa União com um número reduzido de equipes e adotou um sistema de promoção e rebaixamento, alinhando-se às exigências da FIFA. Este campeonato viu uma maior organização e competitividade.

A transformação

Ricardo texeira

A chegada de Ricardo Teixeira à presidência da CBF em 1989 marcou outra fase de transformações. Ele reorganizou a entidade e aumentou as receitas, mas sua gestão também foi marcada por denúncias de corrupção. Durante esse período, o Campeonato Brasileiro passou por várias reformulações, buscando um equilíbrio entre os clubes de diferentes regiões. Para atender aos clubes de menor expressão, a CBF criou a Copa do Brasil em 1989, permitindo a participação de equipes de todo o país.

Em 1999, um novo sistema de rebaixamento foi adotado, mas durou apenas uma temporada devido a um escândalo envolvendo registro irregular de jogadores. Este incidente resultou em mudanças nos resultados e na organização do campeonato do ano seguinte, que foi realizado sob o nome de Copa João Havelange.

Com a adoção do sistema de pontos corridos em 2003, o Campeonato Brasileiro alcançou uma maior estabilidade e previsibilidade. O escândalo da Máfia do Apito em 2005 foi um momento negativo, com a anulação de jogos devido à manipulação de resultados. A partir de 2006, o campeonato foi consolidado com 20 equipes e um formato definido, com as quatro melhores classificadas para a Copa Libertadores e as quatro piores rebaixadas para a Série B. O ranking da IFFHS de 2012 classificou o Campeonato Brasileiro como o segundo melhor do mundo, atrás apenas do Espanhol.

Controvérsias também surgiram em 2013, quando o Fluminense evitou o rebaixamento após decisões do STJD sobre escalões irregulares de jogadores por parte de Flamengo e Portuguesa. Apesar de liminares na Justiça Comum, o resultado final manteve o Fluminense na Série A.

 Novo Formato

 

Desde 2003, o Campeonato Brasileiro de Futebol passou a adotar um formato consistente de pontos corridos, promovendo estabilidade e crescimento ao longo dos anos. Anteriormente, o campeonato enfrentava mudanças anuais em seu formato e regras. Com a nova estrutura, as equipes jogam em dois turnos, e o time com mais pontos ao final é coroado campeão. O Cruzeiro foi o primeiro campeão neste formato.

No entanto, a edição de 2005 foi marcada pelo infame escândalo da Máfia do Apito, onde o árbitro Edílson Pereira de Carvalho foi preso por manipular resultados para beneficiar apostadores.

A partir de 2006, o número de times foi fixado em 20, e a temporada passou a ocorrer de maio a dezembro, com 38 rodadas totalizando 380 jogos. Desde então, diversos clubes como Cruzeiro, Santos, Corinthians, São Paulo, Flamengo, Fluminense, Palmeiras e Atlético Mineiro conquistaram o título.

Em 2012, o Campeonato Brasileiro foi classificado pela IFFHS como o segundo melhor do mundo. Além disso, em 2013, o Fluminense escapou do rebaixamento devido à perda de pontos de outros times por escalações irregulares.

Também houve reconhecimento histórico de títulos. Em 2010, títulos antigos da Taça Brasil e Torneio Roberto Gomes Pedrosa foram unificados ao Campeonato Brasileiro. Similarmente, em 2023, o Torneio dos Campeões de 1937 também foi incorporado ao histórico do campeonato.

O formato do campeonato envolve 20 clubes competindo em sistema de pontos corridos, com os seis melhores se qualificando para a Copa Libertadores. O campeão da Libertadores também ganha acesso à Copa do Mundo de Clubes da FIFA e à Recopa Sul-Americana.

Os troféus do campeonato também têm sua própria história, desde o Troféu Taça Brasil até o atual troféu, patrocinado pela Chevrolet desde 2014. Em 2000, uma taça exclusiva foi usada devido a uma suspensão judicial da CBF, conhecida como Copa João Havelange.

Transmissão Televisiva

A transmissão televisiva do Campeonato Brasileiro de Futebol tem sido um elemento crucial nas finanças dos clubes desde a implementação do sistema de pontos corridos. Atualmente, o Grupo Globo detém os direitos exclusivos de transmissão, oferecendo jogos ao vivo através de suas plataformas: TV Globo (televisão aberta), SporTV (TV por assinatura) e Premiere (pay-per-view). Desde 2013, o Fox Sports também participa, transmitindo melhores momentos e reprises dos jogos.

A história da transmissão do Brasileirão é marcada por diversas mudanças. Em 1986, a Rede Manchete transmitiu com exclusividade a final do campeonato. O primeiro contrato significativo foi firmado em 1987 pelo Clube dos 13 com a Globo, no valor de 3,4 milhões de dólares. Nesse mesmo ano, o SBT transmitiu a final, em um contexto onde a Globo optou por não exibir o cruzamento entre os clubes dos módulos verde e amarelo do campeonato.

Nos anos de 1990 e 1991, a Rede Bandeirantes adquiriu os direitos de transmissão, destacando-se a final de 1990 com o Corinthians, que alcançou um Ibope de 53 pontos na Grande São Paulo. A Globo começou a priorizar a competição a partir de 1992.

Em 1997, houve restrições para transmissões ao vivo em cidades onde ocorriam as partidas, exceto na fase final. Nesse ano, o Clube dos 13 negociou um novo contrato com a Globo, que também compartilhou os direitos com a Band. Além disso, 1997 marcou a estreia do Premiere e do SporTV nas transmissões, após um controverso contrato com a Globosat. Um contrato anterior com a TVA/Editora Abril para a ESPN Brasil foi desfeito em favor da proposta da Globo.

Em 2000, durante a Copa João Havelange, apenas a Globo transmitiu a competição. Contudo, o Vasco, na final, usou a logomarca do SBT em seu uniforme, em um gesto de provocação. Apesar do grande público, a baixa audiência levou a Globo a cancelar a transmissão de algumas partidas.

O Clube dos 13, em 2001, dividiu os clubes em grupos para definir quotas de transmissão. Em 2003, a Globo renovou o contrato por 130 milhões de dólares por ano, aumentado para 300 milhões de dólares em 2005.

Em 2009, os direitos foram abertos para licitação, levando a Globo a firmar o maior contrato da história do futebol brasileiro, no valor de 1,4 bilhão de reais para as edições de 2009 a 2011. Em 2012, os contratos foram novamente negociados, dividindo os clubes em quatro grupos financeiros.

A Rede Bandeirantes encerrou sua transmissão em parceria com a Globo em 2016. No mesmo ano, o Esporte Interativo, do grupo Turner, adquiriu os direitos de transmissão para vários clubes na TV por assinatura, para competições entre 2019 e 2024, em oposição ao canal SporTV.

Conclusão

Em resumo, o Campeonato Brasileiro de Futebol evoluiu significativamente desde a sua criação, passando por várias transformações tanto em formato quanto em gestão. A adoção do sistema de pontos corridos em 2003 foi um marco importante, trazendo maior consistência e previsibilidade ao campeonato. Além disso, a unificação dos títulos históricos e o reconhecimento de competições anteriores como parte do Campeonato Brasileiro enriqueceram a herança do futebol nacional.

As questões televisivas e os contratos de transmissão também desempenharam um papel crucial no desenvolvimento e na popularidade do campeonato, influenciando diretamente as finanças dos clubes e a forma como os torcedores acompanham as partidas. Ao longo dos anos, o Campeonato Brasileiro não só se solidificou como uma das principais competições de futebol do mundo, mas também refletiu e influenciou a cultura esportiva e social do Brasil.

 

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