Home Curiosidades do Futebol A História da Libertadores da América
Curiosidades do FutebolFutebolFutebol no MundoLibertadores

A História da Libertadores da América

2.4k

A História da Libertadores da América

A CONMEBOL Libertadores, conhecida também como Copa Libertadores da América, é o torneio mais prestigioso de futebol de clubes na América do Sul, sendo gerenciada pela Confederação Sul-Americana de Futebol desde 1960. Este torneio é considerado o mais importante do continente e está entre os mais renomados globalmente. Seu nome presta homenagem a figuras chave da independência sul-americana, como José Artigas, Simón Bolívar, e outros.

Desde sua criação, o formato da competição passou por diversas mudanças. Inicialmente, apenas campeões nacionais participavam, daí o nome original “Copa dos Campeões da América”. O nome atual foi adotado em 1965. Posteriormente, vice-campeões também começaram a se qualificar. Em 1998, clubes mexicanos foram convidados a participar, mas deixaram a competição em 2017 após reformas da CONMEBOL. Atualmente, pelo menos quatro equipes de cada país competem, com Argentina e Brasil tendo maior representação. O torneio geralmente inclui uma fase de grupos, seguida de etapas eliminatórias.

O formato atual consiste em três fases, começando em janeiro. Após a primeira fase, as equipes classificadas juntam-se a outras na fase de grupos. Os melhores de cada grupo avançam para as eliminatórias, culminando em uma final única em novembro. O campeão se qualifica para a Copa do Mundo de Clubes da FIFA e a Recopa Sul-Americana.

O Independiente detém o recorde de títulos, e a Argentina é o país com mais conquistas. O Brasil se destaca pela diversidade de clubes vencedores. No total, 26 clubes já levantaram o troféu, com alguns vencendo consecutivamente.

Como tudo Começou

A história da Copa Libertadores da América tem suas raízes nas rivalidades futebolísticas sul-americanas do século XX. Na década de 1930, os jogos da Copa Río de La Plata, envolvendo os campeões da Argentina e do Uruguai, plantaram a semente para uma competição continental. Essa ideia ganhou força em 1948 com o Campeonato Sul-Americano de Campeões, organizado pelo Colo-Colo do Chile. Este torneio, realizado em Santiago, reuniu campeões nacionais de diversas nações e foi vencido pelo Vasco da Gama, do Brasil. Este evento serviu de inspiração para a criação da Copa dos Campeões da Europa em 1955.

Em 1958, José Ramos de Freitas, presidente brasileiro da CONMEBOL, foi à Argentina discutir a possibilidade de um torneio sul-americano de clubes campeões. Em outubro do mesmo ano, João Havelange anunciou na UEFA a criação da Copa dos Campeões da América. Essa competição seria um paralelo à europeia, com a ideia de determinar o melhor clube do mundo através da Copa Intercontinental. Em março de 1959, durante a Copa América em Buenos Aires, a CONMEBOL ratificou oficialmente a criação da Copa dos Campeões da América. Em 1965, o torneio foi renomeado para Copa Libertadores da América, em tributo aos líderes da independência sul-americana, como Simón Bolívar e José de San Martín.

1960 e 1969

Libertadores 62

Nos primeiros anos da Copa Libertadores, entre 1960 e 1969, o Peñarol do Uruguai fez história ao se tornar o primeiro campeão do torneio, com destaque para o atacante Alberto Spencer em 1961. Seguindo o Peñarol, o clube argentino Estudiantes de La Plata também entrou para a história como o primeiro a conquistar o título por três anos consecutivos, com Carlos Bilardo sendo um dos destaques da equipe vencedora de 1968.

A competição teve início em 1960 com a participação de sete times campeões nacionais: Bahia (Brasil), Jorge Wilstermann (Bolívia), Millonarios (Colômbia), Olimpia (Paraguai), Peñarol (Uruguai), San Lorenzo (Argentina) e Universidad (Chile). O primeiro jogo ocorreu em 19 de abril de 1960 entre Peñarol e Jorge Wilstermann, com vitória do time uruguaio por 7-1, e o primeiro gol do torneio foi marcado por Carlos Borges do Peñarol. O Peñarol venceu essa edição, e defendeu o título com sucesso no ano seguinte.

O Santos, liderado por Pelé e conhecido como “O Balé Branco”, ganhou destaque mundial ao vencer o torneio em 1962 e 1963, batendo o Peñarol e o Boca Juniors, respectivamente. O futebol argentino destacou-se em 1964 quando o Independiente ganhou o título, vencendo o Santos e o Nacional. O Independiente repetiu o feito em 1965, e o Peñarol voltou a ser campeão em 1966. O Racing, outro clube argentino, venceu em 1967.

Um marco importante ocorreu com a entrada do Estudiantes na competição. Este clube de bairro adotou uma abordagem que enfatizava a preparação atlética e a obtenção de resultados a todo custo. Sob a liderança do técnico Osvaldo Zubeldía, e com jogadores como Carlos Bilardo, o Estudiantes conquistou seu primeiro título em 1968, derrotando o Palmeiras. Eles mantiveram o título em 1969 e 1970, vencendo o Nacional e o Peñarol, tornando-se o primeiro tricampeão consecutivo do torneio.

Década de 1970 domínio argentino 

Durante a década de 1970, os clubes argentinos exerceram um domínio impressionante na Copa Libertadores, com apenas três exceções. Em 1971, o Nacional do Uruguai conquistou o título ao superar o Estudiantes, que havia sido campeão nos três anos anteriores. O Independiente, já com dois títulos, consolidou sua força com jogadores como Francisco Sa e Ricardo Bochini, conquistando a competição em 1972, 1973, 1974 e 1975.

Em 1972, o Independiente enfrentou o Universitario do Peru na final, vencendo após um empate em Lima e uma vitória em Avellaneda. Nos anos seguintes, o clube argentino manteve o título ao vencer o Colo-Colo e o São Paulo em jogos decisivos. Em 1975, o Independiente triunfou sobre o Unión Española. Seu reinado foi interrompido em 1976 pelo River Plate, que, no entanto, perdeu na final para o Cruzeiro, marcando a primeira vitória brasileira desde o Santos de Pelé.

O Boca Juniors, que havia sido derrotado pelo Santos em 1963, finalmente alcançou o sucesso no final da década, chegando à final em três anos consecutivos. Em 1977, o Boca conquistou seu primeiro título ao vencer o Cruzeiro nos pênaltis após um empate sem gols no jogo decisivo. Em 1978, venceu o Deportivo Cali, e em 1979, o sonho do tricampeonato foi interrompido pelo Olimpia do Paraguai, que empatou no La Bombonera e se sagrou campeão. Assim, o Boca Juniors presenciou novamente um adversário conquistar o título em seu estádio, repetindo o que aconteceu em 1963.

Década de 1980 os uruguaios

Na década de 1980, novos campeões emergiram na Copa Libertadores, marcando também os últimos triunfos de clubes uruguaios. Em 1980, o Nacional do Uruguai obteve sua segunda vitória na Libertadores ao derrotar o Internacional do Brasil. Já em 1981, o Flamengo, com um time estrelado por Zico e outros grandes jogadores, conquistou seu primeiro título na competição, vencendo o Cobreloa do Chile na final.

O Peñarol, após um intervalo de 16 anos, retornou ao topo em 1982, eliminando o Flamengo e derrotando o Cobreloa na final. Em 1983, o Grêmio de Porto Alegre fez história ao ganhar seu primeiro título da Libertadores, superando o Peñarol. O Independiente conquistou seu sétimo e último título em 1984, estabelecendo-se como o maior vencedor do torneio até então, ao vencer o Grêmio.

Nos anos seguintes, o América de Cali da Colômbia alcançou três finais consecutivas (1985, 1986 e 1987), mas não conseguiu vencer nenhuma delas. Em 1985, o Argentinos Juniors, um pequeno clube de Buenos Aires, surpreendeu ao vencer o Independiente e conquistar o título contra o América de Cali. Em 1986, o River Plate ganhou seu primeiro título da Libertadores ao vencer o América de Cali nas duas partidas da final. Em 1987, o Peñarol conquistou seu último título na competição, vencendo o América de Cali na prorrogação.

Em 1988, o Nacional do Uruguai conquistou a Libertadores pela última vez, marcando o início de um declínio no futebol uruguaio na competição. Por fim, em 1989, o Atlético Nacional de Medellín, da Colômbia, quebrou o domínio de clubes de países atlânticos ao vencer o Olimpia do Paraguai nos pênaltis, tornando-se a primeira equipe colombiana a ganhar a Libertadores. Este triunfo marcou a primeira vez desde 1981 que clubes da Argentina, Brasil ou Uruguai não chegaram à final, um feito que se repetiria até 1991.

Década de 1990 o renascimento

Na década de 1990, a Copa Libertadores experimentou um período de renascimento e transformação. O Olimpia do Paraguai, sob a liderança do técnico Luis Cubilla e com jogadores notáveis como Ever Hugo Almeida, reacendeu seu sucesso dos anos 70. Em 1990, conquistou o título ao vencer o Barcelona de Guayaquil, mas foi derrotado pelo Colo-Colo, treinado por Mirko Jozić, na final de 1991.

Nessa mesma década, o São Paulo emergiu como uma força dominante no futebol sul-americano. Comandado por Telê Santana e estrelado por jogadores como Raí e Cafu, o clube conquistou a Libertadores em 1992 e 1993, tornando-se bicampeão consecutivo. Em 1994, entretanto, o São Paulo foi derrotado na final pelo Vélez Sarsfield.

O Grêmio, sob a direção de Luiz Felipe Scolari, voltou a triunfar na Libertadores em 1995, liderado por jogadores como Jardel e Paulo Nunes. Em 1996, foi a vez do River Plate, com Crespo e Francescoli, conquistar seu segundo título, vencendo o América de Cali.

O final da década foi marcado pelo domínio brasileiro, com o Cruzeiro vencendo em 1997, o Vasco da Gama em 1998, e o Palmeiras, também sob o comando de Scolari, ganhando em 1999 após uma dramática final contra o Deportivo Cali.

Esses anos representaram uma mudança significativa na dinâmica da competição, com os clubes brasileiros superando os argentinos. Além disso, a Copa Libertadores começou a ser patrocinada pela Toyota em 1998 e passou a incluir equipes mexicanas, expandindo para 32 times e introduzindo incentivos financeiros para as equipes participantes.

Crescimento e  prestígio

Entre 2000 e 2009, a Copa Libertadores vivenciou um período marcado por crescimento e aumento de prestígio. Em 2000, o Boca Juniors, liderado por Carlos Bianchi, ressurgiu como uma potência continental, conquistando a taça após um hiato de 22 anos. Com jogadores como Juan Roman Riquelme e Martín Palermo, o clube argentino se firmou como um dos grandes do mundo, vencendo o Palmeiras na final.

Em 2001, o Boca Juniors manteve a supremacia, superando novamente o Palmeiras nas semifinais e derrotando o Cruz Azul na final, com o clube mexicano sendo o primeiro de seu país a chegar à final. Porém, o Boca Juniors não conseguiu o tri consecutivo, sendo eliminado pelo Olimpia nas quartas de final em 2002. O Olimpia, sob a orientação de Nery Pumpido, venceu o título naquele ano, superando o São Caetano em uma dramática disputa de pênaltis.

A edição de 2003 foi notável pela qualidade das equipes, incluindo um Santos jovem e talentoso, que enfrentou o Boca Juniors na final. O Boca, liderado por Carlos Bianchi, venceu o Santos, conquistando seu quinto título. No ano seguinte, porém, foi derrotado pelo Once Caldas da Colômbia, que adotou um estilo de jogo defensivo.

Em 2005, o São Paulo triunfou, derrotando o Atlético Paranaense na primeira final da Libertadores disputada entre dois clubes do mesmo país. No ano seguinte, em uma final novamente brasileira, o Internacional conquistou seu primeiro título ao vencer o São Paulo. Em 2007, o Boca Juniors voltou a ser campeão, derrotando o Grêmio na final.

Em 2008, a CONMEBOL fechou um acordo de patrocínio com o Grupo Santander, mudando o nome da competição para Copa Santander Libertadores. Nesse ano, a LDU Quito, do Equador, ganhou o título ao vencer o Fluminense nos pênaltis. Finalmente, em 2009, o Estudiantes, comandado por Juan Sebastián Verón, ressurgiu conquistando o título após 39 anos, vencendo o Cruzeiro na final. Essa década foi um marco na história da Libertadores, demonstrando um equilíbrio maior entre os clubes sul-americanos e a ascensão de novos campeões.

Brasileiros e argentinos no topo

Entre 2010 e 2018, a Copa Libertadores foi marcada pelo retorno ao topo dos clubes brasileiros e argentinos. Em 2010, o Internacional do Brasil obteve o bicampeonato ao vencer o Chivas Guadalajara na final. No ano seguinte, o Santos, liderado por Neymar, conquistou o torneio após 48 anos, derrotando o Peñarol na final em São Paulo. Em 2012, foi a vez do Corinthians, que venceu de forma invicta o Boca Juniors, garantindo seu primeiro título na Libertadores.

O domínio brasileiro continuou em 2013, com o Atlético Mineiro superando o Olimpia nos pênaltis, após um empate no placar agregado, e sagrando-se campeão pela primeira vez. Porém, em 2014, o San Lorenzo da Argentina quebrou essa sequência, conquistando seu primeiro título ao derrotar o Nacional do Paraguai. Em 2015, o River Plate da Argentina também alcançou o topo, garantindo seu terceiro título.

O Atlético Nacional da Colômbia interrompeu a hegemonia argentina em 2016, vencendo o Independiente del Valle e conquistando o título pela segunda vez. Em 2017, o Grêmio brasileiro voltou a reinar, derrotando o Lanús da Argentina e garantindo sua terceira vitória na Libertadores.

O ano de 2018 foi histórico, com o River Plate vencendo seu quarto título em uma emocionante final contra o Boca Juniors. O jogo decisivo foi realizado no Estádio Santiago Bernabéu, em Madrid, devido a questões de segurança, sendo a primeira vez que a final da Libertadores ocorreu fora da América do Sul e a primeira vez que o superclássico argentino decidiu uma final internacional.

2019 clubes brasileiros no topo

Desde 2019, a Copa Libertadores tem experimentado um predomínio de clubes brasileiros, com a decisão do torneio passando a ser em jogo único em local previamente escolhido. Neste novo formato, o Flamengo, enfrentando o River Plate, reverteu o placar para 2-1 e conquistou o título, 38 anos após sua última vitória.

Nos anos seguintes, as finais da competição foram dominadas por equipes brasileiras. A edição de 2020, afetada pela pandemia de COVID-19, teve sua final adiada para janeiro de 2021, no Maracanã, onde o Palmeiras venceu o Santos, garantindo seu segundo título na história do torneio.

Em 2021, o Palmeiras repetiu o feito, tornando-se tricampeão ao vencer o Flamengo no Estádio Centenario, em Montevidéu. Esse triunfo posicionou o clube paulista como o de melhor desempenho brasileiro na história da Libertadores e o primeiro a conquistar o torneio duas vezes no mesmo ano.

Já em 2022, o Flamengo sagrou-se campeão pela terceira vez, vencendo o Athletico Paranaense em Guayaquil, no Equador, igualando-se a outros grandes clubes brasileiros em número de títulos.

Em 2023, a final voltou a contar com a presença de um time argentino, o Boca Juniors, mas o Fluminense conseguiu manter o troféu no Brasil, conquistando o título inédito no Maracanã. Com essa série de vitórias, os clubes brasileiros ultrapassaram o recorde argentino de conquistas consecutivas, demonstrando a força e o domínio do futebol brasileiro na competição.

Forma de se classificar

A classificação para a Copa Libertadores segue, em sua maior parte, um critério similar ao da Liga dos Campeões da UEFA na Europa, baseando-se nos resultados dos campeonatos nacionais de cada país sul-americano. Entretanto, algumas confederações adotam torneios específicos para determinar suas vagas, como a Copa do Brasil, que oferece uma vaga desde 1989, e a Liguilla Pré-Libertadores do Uruguai, que foi utilizada de 1974 a 2009.

Inicialmente, a competição contava apenas com os campeões nacionais, mas a partir de 1966, os vice-campeões também passaram a ser incluídos. Ao longo dos anos, o número de equipes foi aumentando, e atualmente 47 clubes participam do torneio.

Desde 2010, o vencedor da Copa Sul-Americana também garante uma vaga na Libertadores do ano seguinte. A competição começa com uma fase preliminar onde 19 equipes disputam em confrontos eliminatórios. Os vencedores juntam-se aos demais times na fase de grupos, divididos em grupos de quatro. Após jogos de ida e volta, os dois melhores de cada grupo avançam para as fases eliminatórias.

Até 1987, o campeão do ano anterior iniciava sua participação nas semifinais, facilitando a defesa do título. Em 1988, essa entrada foi alterada para a terceira fase e, a partir de 2000, o campeão anterior passou a entrar na fase de grupos, necessitando se classificar para as fases eliminatórias como qualquer outra equipe.

Em 2017, a competição expandiu para 44 equipes, com duas fases preliminares antes da fase de grupos. Isso proporcionou mais vagas para Brasil, Argentina, Chile e Colômbia, além de garantir a entrada do campeão da Copa Sul-Americana diretamente na fase de grupos.

Regras da competição

Na história da Copa Libertadores, as regras para definir o campeão diferiram bastante das práticas comuns em outras competições de futebol. Até 1987, as finais eram decididas com base no total de pontos acumulados nas duas partidas (2 pontos por vitória, 1 por empate). Caso houvesse empate em pontos, um terceiro jogo em campo neutro era realizado. Se esse jogo também terminasse empatado, mesmo após prorrogação, a decisão ia para os pênaltis.

A partir de 1988, a estrutura das finais mudou, eliminando o jogo de desempate e, em 1989, foi introduzido o critério de saldo de gols, com disputa por pênaltis imediata em caso de empate no placar agregado. Em 1995, seguindo uma diretriz da FIFA, a vitória passou a valer três pontos.

De 2005 a 2021, a CONMEBOL adotou a regra do gol fora de casa nos jogos eliminatórios, exceto nas finais. Em 2008, as finais que terminassem empatadas após os dois jogos levavam a uma prorrogação. A partir de 2022, a regra do gol como visitante foi abolida.

Uma mudança significativa ocorreu em 2018, quando a CONMEBOL anunciou que a partir de 2019, a final seria em jogo único, em campo neutro escolhido anualmente, seguindo o modelo da Liga dos Campeões da UEFA. A ideia é que as finais sejam aos sábados, em horário nobre, com os finalistas recebendo 25% da receita de bilheteria. A primeira final nesse formato aconteceu em Lima, Peru, após Santiago, Chile, ser descartada como sede devido a protestos.

Cobertura televisiva

A Copa Libertadores da América, um torneio amplamente prestigiado, tem atraído espectadores não apenas na América do Sul, mas também em países como Estados Unidos, México e Espanha. Com transmissão em mais de 135 países e comentários em mais de 30 idiomas, é um dos eventos esportivos mais assistidos globalmente. Por exemplo, a Fox Sports en Latinoamérica alcança mais de 25 milhões de lares nas Américas. A edição de 2009 registrou mais de 1 bilhão de telespectadores.

No Brasil, a Copa Libertadores demorou a conquistar espaço significativo na mídia. As primeiras edições foram gravadas em videoteipe e exibidas pela TV Tupi na década de 1960, incluindo as primeiras vitórias do Santos. Em 1976, apesar da disponibilidade de transmissões ao vivo via satélite desde 1971, a maioria dos jogos do Cruzeiro era transmitida em compactos gravados. Com o aumento da popularidade do torneio, as redes Globo e Bandeirantes começaram a transmitir as partidas ao vivo no final dos anos 70. Nos anos 80, a Rede Globo e ocasionalmente o SBT transmitiam o torneio, com a conquista do Flamengo em 1981 e do Grêmio em 1983. Nos anos 90, além da Globo e Bandeirantes, a Rede Record, Rede Manchete e Rede OM também transmitiram o torneio.

A Rede Globo deteve os direitos exclusivos de transmissão em TV aberta de 2007 até 2020, quando rescindiu o contrato devido à crise econômica gerada pela pandemia de COVID-19. O SBT assumiu a transmissão do evento em TV aberta até 2022, marcando a primeira vez em décadas que a Globo não exibiu a Libertadores. A Globo retomou os direitos em 2023, incluindo transmissões pela Globoplay.

A Fox Sports, do grupo The Walt Disney Company, é a principal detentora dos direitos de transmissão na América Latina e co-organizadora do torneio. Em 2002, a Fox adquiriu os direitos após a falência da PSN. Como não tinha um canal no Brasil, a Libertadores de 2002 não foi transmitida em sinal fechado no país. A partir de 2013, a Fox Sports Brasil e o SporTV compartilharam os direitos de transmissão. Após a fusão da Fox Sports com a ESPN em 2020, a ESPN passou a ser a única transmissora em TV fechada a partir de 2022.

Com a saída da Globo em 2020, os jogos do SporTV foram transferidos para um sistema pay-per-view na Conmebol TV, em parceria com o Grupo Bandeirantes.

Libertadores da América Feminina

A Copa Libertadores da América Feminina, o equivalente feminino do prestigiado torneio de futebol masculino da América do Sul, é um marco importante no cenário esportivo feminino. Desde sua inauguração em 2009, a competição tem crescido em popularidade e importância, evidenciando o talento e a paixão pelo futebol entre as mulheres sul-americanas.

História e Desenvolvimento: A Libertadores Feminina foi criada pela CONMEBOL para fomentar o futebol feminino na América do Sul, uma região historicamente dominada pelo futebol masculino. O torneio começou modestamente, mas rapidamente ganhou reconhecimento como uma plataforma vital para o desenvolvimento do futebol feminino na região. A cada ano, equipes de diversos países sul-americanos competem pelo cobiçado troféu, com o torneio se expandindo tanto em termos de participação quanto em cobertura midiática.

Estrutura do Torneio: A Libertadores Feminina segue um formato similar à competição masculina, com equipes se qualificando principalmente através de torneios nacionais. O torneio consiste em uma fase de grupos seguida de rodadas eliminatórias, culminando na emocionante final. Essa estrutura proporciona uma mistura de equipes de diferentes estilos e históricos, enriquecendo a competição.

Impacto e Importância: A competição tem sido fundamental na visibilidade e no desenvolvimento do futebol feminino na América do Sul. Além de oferecer um palco para talentos emergentes, a Libertadores Feminina também tem sido um catalisador para o investimento em programas de futebol feminino nos clubes e federações nacionais. O torneio tem desempenhado um papel significativo na luta pela igualdade de gênero no esporte, promovendo maior reconhecimento e respeito pelas atletas femininas.

Desafios e Futuro: Apesar do seu sucesso, a Libertadores Feminina enfrenta desafios, como a necessidade de maior apoio financeiro e infraestrutural. A disparidade entre os clubes em termos de recursos continua sendo um obstáculo para o crescimento equitativo do futebol feminino na região. No entanto, o futuro parece promissor, com a crescente popularidade do torneio e a atenção global ao futebol feminino.

Artigos relacionados

Seleção Nigeriana de Futebol Feminino: As Super Falcons

Seleção Nigeriana de Futebol Feminino: As Super Falcons; Origens, Presente e Futuro...

Os 10 Maiores Jogadores da História do Atlético-GO

Os 10 Maiores Jogadores da História do Atlético-GO de Todos os Tempos,...

Os 10 Maiores Jogadores da História do Vitória

Os 10 Maiores Jogadores da História do Vitória de todos os tempos,...

Os 10 maiores jogadores da história do Juventude

Os 10 maiores jogadores da história do Juventude se destacam por suas...