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CRB: Clube de Regatas Brasil

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O Legado do CRB: Clube de Regatas Brasil: Uma Jornada Centenária

Os Primórdios e a Fundação

Em 1910, o jornal “O Gutemberg” noticiava a expectativa pela primeira regata do que viria a ser o Clube de Regatas Brasil, destacando a Lagoa Norte Manguaba como o cenário ideal para o esporte. No ano seguinte, em Maceió, surgia o Clube Alagoano de Regatas, prelúdio do CRB, fundado sem remadores ou baleeiros, mas com grandes aspirações.

A verdadeira virada veio em 20 de setembro de 1912, quando, na Rua Jasmim, na Pajuçara, Lafaiete Pacheco, Antônio Vianna e outros entusiastas fundaram o Clube de Regatas Brasil sob o lema “Esporte pela Pátria Forte”. A aquisição de um yole e a participação em competições marcaram os primeiros passos do clube no esporte.

A Era do Futebol e Primeiras Conquistas

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A introdução do futebol no CRB aconteceu em 1916, e o clube logo se adaptou ao novo esporte. A construção de uma garagem na atual sede social e a formação dos primeiros times de futebol, com figuras como Haroldo Zagallo, pai do lendário Mário Zagallo, foram etapas cruciais para o estabelecimento do clube no cenário esportivo alagoano.

O Estádio da Pajuçara se tornou a casa do CRB, com a construção do campo de futebol iniciando em 1917 sob a presidência de Pedro Lima. O primeiro lance de arquibancada foi inaugurado em 1921, consolidando a infraestrutura para o futuro do clube.

Décadas de Glória: 1927-1993

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O CRB alcançou seu primeiro título alagoano em 1927, começando uma era de sucesso que incluiria um tetracampeonato estadual entre 1937 e 1940. A década de 50 trouxe mais conquistas, com destaque para a Taça Mário Lima. Os anos 60 e 70 foram marcados por participações no Campeonato Brasileiro e conquistas estaduais, com a equipe formando elencos competitivos e alcançando feitos notáveis, como o Torneio José Américo de Almeida Filho de 1975.

Anos 90: Bicampeonato Estadual e Vice-Campeonato da Copa do Nordeste

Nos anos 90, o CRB viveu momentos de altos e baixos, culminando com o bicampeonato estadual em 92/93 e o vice-campeonato da Copa do Nordeste em 1994. A campanha do Campeonato Alagoano de 1992 foi particularmente memorável, com uma campanha invicta e uma goleada histórica sobre o CSA.

1995–2008: Desafios e Superação

Esse período foi marcado por altos e baixos, incluindo uma impressionante campanha de 37 gols no Campeonato Alagoano de 1995 por Inha e o eventual rebaixamento para a Série C. Apesar dos desafios, o clube teve momentos de brilhantismo, como a vitória de virada sobre o Criciúma em 2005, conhecida como o Milagre de Criciúma.

2009–2010: Lutas e Permanência na Série C

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O CRB enfrentou desafios no Estadual e na Série C, incluindo uma campanha para evitar o rebaixamento. A vitória sobre o ABC em 2010 foi crucial para manter o clube na Terceira Divisão.

2011: Vice-Campeonato Brasileiro Série C

Em 2011, sob a presidência de Marcos Barbosa, o CRB alcançou o vice-campeonato da Série C, marcando um ano de superação e sucesso.

2012–2013: A Conquista dos Centenários

O CRB celebrou seu centenário com a conquista do Campeonato Alagoano de 2012, seguido pelo bicampeonato em 2013, anos que ficaram marcados como o “Campeão dos Centenários.

Escudo

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O Clube de Regatas Brasil, conhecido popularmente como CRB, tem um escudo que passou por diversas modificações ao longo dos anos, refletindo a rica história e tradição do clube. A evolução do escudo pode ser descrita da seguinte maneira:

  • 1927 a 1959: O emblema inicial do CRB consistia de um fundo branco, orlado de vermelho, característica que permaneceu ao longo dos anos. Na parte superior, duas listras vermelhas eram apresentadas de forma entre-cruzada, enquanto na parte inferior, as letras “CRB” também em vermelho e desenhadas de forma a acompanhar o perfil do escudo.
  • 1979: A partir deste ano, o escudo manteve a essência do seu design original, preservando as cores e o formato que simbolizam a identidade do clube.
  • Atual: O escudo atual continua a valorizar as características originais, com um fundo branco orlado de vermelho, as listras vermelhas entre-cruzadas na parte superior e as letras “CRB” na parte inferior, seguindo o contorno do escudo. Este design representa não apenas a tradição, mas também a modernidade e a força do clube no futebol brasileiro.

Bandeira do Clube de Regatas Brasil

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A bandeira do CRB é um símbolo de orgulho para o clube e seus torcedores. Segundo o Art. 5º do 2º Capítulo do Estatuto Oficial do Clube, a bandeira oficial é descrita da seguinte forma:

  • A bandeira apresenta um retângulo branco com duas listras vermelhas que se cortam perpendicularmente no centro. No quadrângulo superior esquerdo, destaca-se um salva-vidas com dois remos cruzados, também em vermelho, simbolizando as origens do clube no esporte do remo. A sigla “CRB” é igualmente apresentada na cor vermelha.

A escolha do design da bandeira foi inspirada na bandeira da Inglaterra, homenageando a introdução do futebol em Maceió pelos ingleses. A bandeira do CRB é considerada uma das mais bonitas do Brasil, refletindo a elegância e a história do clube.

Hino do Clube de Regatas Brasil

O hino oficial do CRB, por muito tempo, não era amplamente conhecido entre os torcedores. Muitos acreditavam que a canção “Galo da Pajuçara”, composta por Edécio Lopes, era o hino do clube. Esta música, um sucesso nos anos 70, foi criada em homenagem ao CRB e permanece no coração dos torcedores.

Em 2002, a Confraria do Galo lançou um CD com músicas dedicadas ao Clube de Regatas Brasil, incluindo o hino oficial composto por Jaime de Altavila. A partir deste lançamento, o hino oficial ganhou popularidade entre os torcedores, reforçando a identidade e o orgulho de ser parte do CRB.

Mascote do Clube de Regatas Brasil: O Galo de Campina

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O mascote do Clube de Regatas Brasil é o Galo de Campina, uma escolha que reflete a relação estreita entre o clube e o ambiente natural do seu entorno. O campo Severiano Gomes, localizado na Pajuçara, era conhecido por ser um ponto de encontro para diversas espécies de pássaros, tornando-se um cenário vibrante que mistura o esporte com a natureza.

Dentre todos os pássaros que visitavam o campo, o Galo de Campina se destacava pela sua presença constante, tornando-se uma figura familiar para aqueles que frequentavam o local. A sua vivacidade e a sua cor marcante fizeram com que ele fosse escolhido para representar o espírito do CRB, simbolizando a paixão, a força e a determinação que caracterizam o clube.

Essa escolha é um tributo à biodiversidade local e uma forma de destacar a importância da natureza no contexto esportivo, especialmente no futebol, onde mascotes desempenham um papel significativo na identidade e na cultura dos clubes. O Galo de Campina, com sua beleza e energia, encapsula perfeitamente o espírito lutador e alegre do Clube de Regatas Brasil, servindo como uma fonte de inspiração tanto para os jogadores quanto para os torcedores.

Estádio

Estádio Rei Pelé

O estádio principal usado pelo Clube de Regatas Brasil (CRB) é o Estádio Rei Pelé, também conhecido como Trapichão. Localizado em Maceió, Alagoas, o Rei Pelé é um dos principais estádios do estado e serve como palco para os jogos do CRB, além de outros eventos esportivos e culturais.

Inaugurado em 25 de outubro de 1970, o Estádio Rei Pelé foi nomeado em homenagem ao famoso jogador de futebol Pelé, considerado um dos melhores jogadores de todos os tempos. Com capacidade para acomodar aproximadamente 20.000 espectadores, o estádio é uma peça central para o futebol em Alagoas, oferecendo um espaço para a torcida do CRB apoiar sua equipe em competições locais e nacionais.

O Trapichão é conhecido por sua atmosfera vibrante, especialmente durante os clássicos regionais e os jogos importantes do CRB. Sua estrutura e facilidades foram modernizadas ao longo dos anos para proporcionar uma melhor experiência aos torcedores e atletas.

Além de ser o lar do CRB, o Estádio Rei Pelé também hospeda jogos do ASA, outro time importante de Alagoas, e é utilizado para eventos de grande escala, incluindo shows e eventos comunitários, desempenhando um papel significativo na vida cultural e esportiva de Maceió.

 

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