Seleção Brasileira de Futebol Feminino
A Ascensão no Palco Global
Representando o Brasil em competições femininas de futebol ao redor do mundo, a Seleção Brasileira de Futebol Feminino ocupa a nona posição no Ranking Mundial da FIFA em 25 de agosto de 2023.
Desde seu primeiro jogo em 1986 contra os Estados Unidos, a seleção tem sido uma presença constante em todas as edições da Copa do Mundo Feminina e dos Jogos Olímpicos, além de participar em amistosos internacionais, Jogos Pan-Americanos, o Campeonato Sul-Americano de Futebol Feminino e o Torneio Internacional de Futebol Feminino anualmente desde 2009.
Conquistas e Desafios
Dominando o cenário sul-americano, o Brasil venceu oito das nove edições da Copa América. A seleção é também lar de Marta, a extraordinária camisa 10, reconhecida como a melhor jogadora do mundo pela FIFA em seis ocasiões.
Apesar de enfrentar desafios como a falta de apoio e investimento, a seleção sempre se mantém em alta no ranking da FIFA, embora ainda busque seu primeiro título mundial.
Momentos Memoráveis
A caminhada até a final da Copa do Mundo de 2007 e a conquista da medalha de prata nas Olimpíadas de 2008 foram pontos altos para a seleção, demonstrando seu potencial e habilidade em competir com as melhores equipes do mundo.
Em 2011, o Brasil mostrou força novamente, avançando até as quartas de final da Copa do Mundo, onde enfrentou um emocionante duelo contra os Estados Unidos.
Sucessos Recentes
O Brasil continuou a mostrar seu talento ao conquistar o Campeonato Sul-Americano de Futebol Feminino em 2014 e fazer uma estreia impressionante na Algarve Cup em 2015. A seleção também teve um desempenho memorável nas Olimpíadas de 2016, avançando até a semifinal.
Sob a liderança de Pia Sundhage, a equipe teve uma mistura de vitórias convincentes e derrotas desafiadoras, culminando em uma participação nas Olimpíadas de Tóquio em 2021, onde o Brasil foi eliminado nos pênaltis pelo Canadá.
Olhando para o Futuro
Após a Copa do Mundo de 2023, onde o Brasil foi eliminado na fase de grupos, a seleção se encontra em um momento de transição.
Com a demissão da técnica Pia Sundhage e a nomeação de Arthur Elias, a seleção brasileira busca novas estratégias para enfrentar os desafios futuros e continuar a inspirar gerações de atletas femininas no Brasil e no mundo.
A Era Zé Duarte e Conquistas Posteriores do Futebol Feminino Brasileiro
O Impacto de Zé Duarte no Futebol Feminino
Em 1995, sob o comando de Zé Duarte, a Seleção Brasileira de Futebol Feminino alcançou o vice-campeonato no Torneio Internacional de Campinas, promovendo goleadas contra a Ucrânia e a Rússia, e um empate com os Estados Unidos. Esse período também marcou a classificação para a semifinal dos Jogos Olímpicos de Atlanta, culminando em um quarto lugar. Jogadoras como Meg, Sissi e Marta foram algumas das talentosas atletas treinadas por Duarte.
Ascensão em Competições Internacionais
A equipe brasileira seguiu conquistando espaços importantes no cenário internacional, com destaque para as medalhas de ouro nos Jogos Pan-Americanos de 2003, 2007 e 2015, e as medalhas de prata nas Olimpíadas de 2004 e 2008. Apesar de um revés nas quartas de final do Mundial de 2003, a seleção alcançou o vice-campeonato na Copa do Mundo de Futebol Feminino em 2007.
Desempenho em Olimpíadas e Jogos Pan-Americanos
Nos Jogos Olímpicos de 2008, a seleção chegou novamente à final, mas enfrentou uma derrota apertada para os Estados Unidos. Em 2011, no Pan de Guadalajara, a equipe garantiu a medalha de prata. Já em 2015, no Pan de Toronto, o Brasil conquistou mais uma medalha de ouro, demonstrando sua força no continente.
Contribuições Significativas para o Esporte
Além das conquistas em campo, o Brasil também se destacou nas Universíadas e nos Jogos Mundiais Militares, trazendo medalhas de ouro para casa. O Torneio Internacional de Futebol Feminino, realizado anualmente desde 2009, viu o Brasil campeão em diversas edições, consolidando a importância da seleção no cenário mundial.
Implementação da Seleção Permanente
Em 2015, a CBF iniciou o projeto de Seleção Brasileira Feminina Permanente, visando melhorar as condições de trabalho e desempenho das atletas. Com investimentos significativos, a iniciativa buscou preparar a equipe para competições de alto nível, como a Algarve Cup e os Jogos Olímpicos, sob a gestão de técnicos como Vadão e, mais recentemente, Pia Sundhage.
O Caminho à Frente
O projeto de seleção permanente, apesar de ambicioso, enfrentou desafios e necessitou de reavaliações após os Jogos Olímpicos do Rio 2016.
A busca pela medalha de ouro olímpica continua sendo um dos principais objetivos da seleção, que segue se renovando e lutando para manter sua posição de destaque no futebol feminino internacional.
Transformação e Desafios: A Contribuição de Pia Sundhage ao Futebol Feminino Brasileiro
A Chegada de Pia Sundhage
Seguindo a eliminação na Copa do Mundo de 2019 e a reação positiva do público ao futebol feminino, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) iniciou um processo de valorização e reestruturação da modalidade.
Para liderar essa nova fase, Pia Sundhage, reconhecida mundialmente por suas conquistas — incluindo duas medalhas de ouro e uma de prata em finais olímpicas —, foi contratada como treinadora da Seleção Brasileira.
Filosofia de Jogo de Pia Sundhage
Pia Sundhage focou em fortalecer o trabalho coletivo da seleção, em vez de depender exclusivamente do talento individual. Seu objetivo era desenvolver e aprimorar as habilidades individuais dentro de uma equipe coesa e competitiva, buscando um equilíbrio que muitas vezes é desafiador de se alcançar.
Desafios na Copa do Mundo de 2023
A jornada na Copa do Mundo de 2023, no entanto, terminou prematuramente para o Brasil, que foi eliminado ainda na fase de grupos após um empate em 0 a 0 contra a Jamaica.
Essa saída precoce do Mundial, realizado na Austrália e Nova Zelândia, marcou a pior performance brasileira em 28 anos, levantando críticas sobre a abordagem defensiva e a falta de criatividade sob o comando de Sundhage.
A Situação de Cristiane
Durante a gestão de Sundhage, a atacante Cristiane, apesar de suas boas atuações pelo Santos, não foi convocada para a seleção desde o início de 2021.
A decisão de excluí-la dos Jogos Olímpicos de Tóquio e da Copa do Mundo de 2023 foi justificada pela treinadora como uma oportunidade para novas atletas, gerando especulações sobre um possível desentendimento entre as duas.
O Encerramento da Era Sundhage
A eliminação na primeira fase da Copa do Mundo de 2023 culminou na demissão de Pia Sundhage. Arthur Elias, técnico do Corinthians, foi escolhido para sucedê-la, marcando o início de um novo capítulo para a Seleção Brasileira de Futebol Feminino.
Sendo Assim…
A era Pia Sundhage no futebol feminino brasileiro foi marcada por esforços de transformação, foco no trabalho em equipe e desafios significativos em competições internacionais.
Apesar das críticas e dos resultados insatisfatórios em momentos-chave, sua contribuição para o desenvolvimento da modalidade no Brasil permanece um legado importante. Agora, sob a liderança de Arthur Elias, a seleção busca avançar, aprendendo com as experiências passadas e visando conquistas futuras.
Reinventando-se para Novas Conquistas