Seleção Feminina de Futebol dos Estados Unidos: Uma Potência Global
A Seleção Feminina de Futebol dos Estados Unidos representa o auge do futebol feminino, sob a administração da Federação de Futebol dos Estados Unidos e competindo sob a égide da CONCACAF.
Este time destaca-se como o mais laureado na história do futebol feminino global, com um palmarés impressionante que inclui quatro títulos da Copa do Mundo de Futebol Feminino (começando pela inaugural em 1991), quatro ouros olímpicos, nove vitórias na Copa Ouro Feminina e dez títulos na Algarve Cup.
As jogadoras americanas marcaram presença no pódio em todas as edições da Copa do Mundo e dos Jogos Olímpicos de 1991 a 2015, antes de uma saída precoce nas quartas de final das Olimpíadas de 2016.
Entre 2003 e 2008, a seleção ocupou a segunda posição no Ranking Mundial da FIFA, mas alcançou a liderança contínua de março de 2008 até novembro de 2014. Após este período, alternou para a segunda posição, com a Alemanha assumindo brevemente o primeiro lugar, a única outra seleção a alcançar este feito.
Em 24 de março de 2017, a equipe caiu para segundo após uma performance abaixo do esperado na SheBelieves Cup, mas recuperou o topo do ranking em 23 de junho do mesmo ano, após vitórias convincentes contra as seleções da Rússia, Suécia e Noruega.
A equipe americana foi honrada como o “Time do Ano” pelo Comitê Olímpico dos Estados Unidos em 1997 e 1999. Adicionalmente, em 1999, a Sports Illustrated concedeu ao time o título de “Esportista do Ano”, reconhecendo sua influência e sucesso no esporte.
O início da trajetória internacional da seleção deu-se no Mundialito, em 18 de agosto de 1985, sob a liderança do técnico Mike Ryan. Naquela ocasião, a equipe enfrentou um revés, perdendo por 1-0 para a seleção italiana. Esse momento marcou o começo de uma jornada que levaria as americanas a se tornarem líderes indiscutíveis no cenário do futebol feminino mundial.
A seleção feminina de futebol dos Estados Unidos conquistou sua primeira grande vitória no Campeonato Mundial de 1991, que mais tarde foi reconhecido como a primeira Copa do Mundo de Futebol Feminino.
Dominando nas quartas-de-final e semifinais, as americanas triunfaram sobre a Noruega por 2-1 na final. Michelle Akers se destacou como a artilheira do torneio com 10 gols, incluindo dois na grande final, enquanto Carin Jennings foi nomeada a melhor jogadora do torneio.
Em 1999, a seleção americana, com nomes como Julie Foudy e Kristine Lilly, trouxe uma nova era para o esporte feminino nos EUA.
Sua vitória emblemática na final da Copa do Mundo de Futebol Feminino de 1999 contra a China, decidida nos pênaltis após um empate em 0-0, não apenas as catapultou para a fama mundial, mas também aumentou significativamente o interesse pelo futebol feminino. A celebração de Brandi Chastain, ao marcar o pênalti decisivo e comemorar de sutiã esportivo, se tornou um ícone cultural.
A Copa do Mundo de Futebol Feminino de 2003 viu as americanas superando a Noruega nas quartas-de-final, mas sendo derrotadas pela Alemanha na final. A equipe se recuperou para conquistar o terceiro lugar, vencendo o Canadá. Abby Wambach brilhou como a artilheira do time.
Em 2007, a seleção enfrentou sua maior derrota na história ao perder por 4-0 para o Brasil nas semifinais, mas ainda assim garantiu o terceiro lugar ao vencer a Noruega. Wambach novamente se destacou como artilheira.
A Copa do Mundo de 2011 foi marcada por um momento histórico contra o Brasil nas quartas-de-final, com um gol de empate de Abby Wambach nos acréscimos da prorrogação. Apesar de vencer a França nas semifinais, as americanas foram superadas pelo Japão nos pênaltis na final. Hope Solo foi eleita a melhor goleira do torneio.
O ouro olímpico de 2012 veio após uma vitória sobre o Japão na final, diante de um público recorde para o futebol feminino nas Olimpíadas. A estreia da NWSL em 2013 forneceu um palco profissional para muitas jogadoras, enquanto a seleção manteve uma série de 43 jogos sem derrota.
A seleção reafirmou sua supremacia com uma vitória esmagadora sobre o Japão na final da Copa do Mundo de 2015, com Carli Lloyd marcando o hat-trick mais rápido da história das Copas. A vitória foi celebrada com uma parada em Manhattan e um encontro na Casa Branca.
Apesar de uma derrota surpreendente para a Suécia nos pênaltis nas Olimpíadas de 2016, marcando a primeira vez que a seleção não chegou à final olímpica desde a inclusão do futebol feminino nos jogos, a equipe passou por um período de renovação e enfrentou desafios contra as melhores seleções do mundo em 2017.
A goleada histórica de 13 a 0 sobre a Tailândia na Copa do Mundo de 2019 reafirmou a posição dominante da seleção feminina dos EUA no futebol mundial. A jornada da equipe, marcada por vitórias significativas, momentos icônicos e desafios superados, continua a inspirar gerações e a moldar o futuro do futebol feminino.
Desde a década de 90 até 2011, a ESPN/ABC e a Univision foram as responsáveis pela transmissão das Copas do Mundo de Futebol Feminino, abrangendo cinco edições do torneio. A partir de 2015 até 2023, os direitos de transmissão passaram para a Fox Sports e a Telemundo, marcando uma nova era na divulgação dos jogos. Além disso, em maio de 2014, um acordo significativo determinou que as partidas da seleção americana seriam transmitidas pela ESPN, Fox Sports e Univision até o final de 2022, garantindo ampla visibilidade para a equipe.
A final da Copa do Mundo de 1999 não apenas quebrou recordes ao atrair uma média de 18 milhões de telespectadores, mas também se estabeleceu como a partida de futebol feminino mais assistida em solo americano até aquela data.
Esse marco foi superado pela final da Copa do Mundo de 2015 entre Estados Unidos e Japão, que se tornou a partida de futebol mais vista na história da televisão americana, com uma audiência média de 23 milhões de espectadores, superando as finais da NBA e da Stanley Cup.
Além disso, essa final detém o recorde de ser o jogo de Copa do Mundo de Futebol Feminino mais assistido em espanhol em solo americano. Em uma escala global, a Copa do Mundo de Futebol Feminino de 2015 atingiu uma audiência média de 750 milhões de pessoas, tornando-a a edição mais assistida de todas.
A final da Copa do Mundo de 1999 estabeleceu um recorde sem precedentes para um evento esportivo feminino, com a venda de todos os 90.185 ingressos disponíveis.
Esse feito histórico foi seguido por outro marco em 2012, quando 80.203 espectadores lotaram o Estádio Wembley para assistir a vitória dos Estados Unidos sobre o Japão por 2-1 nas Olimpíadas, o maior público para uma partida de futebol feminino nos Jogos Olímpicos.
A trajetória da seleção feminina de futebol dos EUA não só trouxe sucessos dentro de campo, mas também promoveu uma revolução na cobertura mediática do esporte feminino.
Recordes de audiência e públicos massivos em estádios evidenciam o crescente interesse e o impacto significativo que a equipe tem na popularização do futebol feminino a nível nacional e internacional.
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