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A História do Fluminense

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A História do Fluminense:

O Fluminense Fotebol Club, frequentemente chamado de Fluminense, é um clube poliesportivo e cultural localizado no bairro Laranjeiras, na Zona Sul do Rio de Janeiro, Brasil. Fundado em 21 de julho de 1902, o clube é uma entidade civil com foco em esportes, sendo o futebol sua principal modalidade.

Conhecido como um dos quatro grandes times do Rio de Janeiro, o Fluminense se destaca por ser o primeiro dos grandes clubes do futebol brasileiro a jogar e incluir a palavra “futebol” em seu nome. É também o time com mais participações no Campeonato Carioca de Futebol, competindo em todas as edições desde 1906 e conquistando o título 33 vezes. No cenário nacional, o clube é um dos mais vitoriosos, com quatro campeonatos brasileiros e uma Copa do Brasil, além de ter chegado a três finais. Internacionalmente, o Fluminense ganhou a Copa Rio em 1952, a Copa Libertadores da América em 2023, foi vice-campeão da mesma em 2008 e também alcançou o vice-campeonato da Copa Sul-Americana em 2009.

O clube também se destaca nas categorias de base e em esportes olímpicos e amadores, com várias conquistas importantes, incluindo a Taça Olímpica de 1949 e um hexacampeonato sul-americano de vôlei feminino.

Desde 1904, o Fluminense joga no Estádio Manoel Schwartz, conhecido como Estádio de Laranjeiras, o primeiro estádio de cimento da América Latina, construído em 1919. O sucesso do Fluminense inspirou a criação de mais de 72 clubes ao redor do mundo que adotaram seu nome, além de outros que homenagearam o clube em seus uniformes ou escudos.

Como Tudo Começou

Patriotismo e Realizações Marcantes

O Fluminense tem uma história repleta de atos cívicos, como a formação de um batalhão durante a Primeira Guerra Mundial que recrutou 83 reservistas inicialmente, inspirando outras entidades esportivas a seguir o mesmo caminho.

O clube foi anfitrião e patrocinador dos Campeonatos Sul-Americanos de Futebol em 1919 e 1922, e dos Jogos Olímpicos Latino-Americanos de 1922, eventos que marcaram o Centenário da Independência do Brasil e se destacaram por seu espírito patriótico nos primeiros 20 anos do clube.

Nas Olimpíadas de 1920, Afrânio Antônio da Costa, atleta do Fluminense, ganhou a primeira medalha olímpica para o Brasil no tiro, além de fazer parte da equipe que levou o bronze no tiro-livre-pistola ou revólver, juntamente com Guilherme Paraense, que também conquistou o primeiro ouro olímpico para o Brasil.

Em 1937, o Fluminense criou uma Escola de Instrução Militar, que se destacou no Distrito Federal nos anos 40 por sua eficiência e disciplina, e formou enfermeiras para ajudar na Força Expedicionária Brasileira na Itália, além de doar um avião à Força Aérea Brasileira.

O estádio do Fluminense foi palco de importantes jogos de futebol, sendo elogiado em 1949 pelo presidente da FIFA, Jules Rimet, como a organização esportiva mais perfeita do mundo. A FIFA reconheceu o gigantismo e pioneirismo do clube em seu aniversário de 112 anos.

Juliana Veloso, atleta do clube, se tornou a brasileira com mais participações nos Jogos Pan-Americanos ao competir pela sexta vez em 2019, conquistando várias medalhas nesses jogos e nas Olimpíadas.

O Fluminense foi o clube que mais conquistou títulos estaduais no Rio de Janeiro no século XX, ganhando o título honorífico de campeão carioca do século. Em 2005, tornou-se o primeiro clube do eixo Rio-São Paulo a atingir 30 títulos estaduais.

Entre suas maiores conquistas no futebol estão a Copa Rio de 1952, vice-campeonatos continentais em 2008 e 2009, triunfos no Torneio Rio-São Paulo em 1957 e 1960, quatro Campeonatos Brasileiros, a Copa do Brasil de 2007 e a Primeira Liga de 2016.

Jogadores notáveis incluem Castilho, goleiro recordista de presenças, e Waldo, maior artilheiro da história do clube. Pinheiro é outro destaque, com o maior número de partidas como jogador e técnico.

O clube foi pioneiro em várias frentes, como a contratação do primeiro técnico profissional de longo prazo, Charles Williams, em 1911, e vários de seus jogadores marcaram história, como Oswaldo Gomes, Preguinho, Thiago Neves

, Didi e Fred, todos com feitos pioneiros em diferentes aspectos do futebol.

Um gol de voleio marcado por Fred em um clássico Fla-Flu em 2012 foi eleito o gol mais bonito da história dos clubes brasileiros em uma votação em 2020, destacando-se entre muitos outros momentos históricos do Fluminense.

Esses eventos e realizações refletem o impacto profundo e a influência significativa do Fluminense no cenário esportivo brasileiro e mundial, demonstrando não só seu sucesso em competições, mas também seu papel ativo em eventos históricos e no desenvolvimento do esporte no Brasil.

Inícios Marcantes

Diferente de outras entidades esportivas daquela época, o Fluminense não se originou da aristocracia agrária ou da burocracia imperial, nem se configurou como um clube exclusivo de imigrantes europeus. Seu fundador principal, Oscar Cox, era anglo-brasileiro, mas o clube congregava desde o início figuras como industriais, literatos, historiadores e profissionais liberais. Representava um segmento emergente da sociedade, fundamentado não na posse de terras, mas na iniciativa empreendedora, apoiando-se em valores intelectuais, culturais, sociais e, com a criação do clube, também esportivos.

A primeira conquista esportiva do Fluminense ocorreu ainda antes do seu primeiro jogo de futebol. Em 15 de agosto de 1902, o clube venceu uma competição de atletismo em celebração à coroação do Rei Eduardo VII do Reino Unido, realizada pelo Rio Cricket de Niterói, com destaque para o atleta Víctor Etchegaray na prova de 100 jardas.

O Fluminense estreou no futebol em 19 de outubro de 1902, enfrentando o Rio Football Club no campo do Payssandu, em Laranjeiras, e saindo vitorioso por 8 a 0. Já em 6 de setembro de 1903, o clube fez sua primeira aparição em jogos interestaduais em São Paulo, no campo do Velódromo, empatando com o Internacional local e vencendo o Paulistano e o São Paulo Athletic nos dias subsequentes.

Em 15 de julho de 1904, uma mudança significativa ocorreu. Após a leitura de uma carta enviada da Inglaterra por Oscar Cox e Mário Rocha durante uma Assembleia Geral Extraordinária, o Fluminense adotou a camisa tricolor. A mudança foi necessária devido à dificuldade de encontrar tecido na cor cinza original. As cores propostas – encarnado, branco e verde – foram rapidamente votadas e aceitas, marcando uma nova era no visual do clube.

Marcos Significativos do Século XX na Era Laranjeiras

O Fluminense destacou-se no cenário brasileiro não apenas por suas contribuições ao esporte, civismo e cultura, mas principalmente por suas vitórias expressivas nos campos de futebol, que elevaram sua popularidade. Em uma época em que o futebol brasileiro estava em desenvolvimento, o clube se afirmou como uma potência esportiva com o tetracampeonato entre 1906 e 1909, seguido pelo tricampeonato entre 1917 e 1919 e pela conquista da Taça Ioduran em 1919, a primeira competição interestadual oficial do Brasil. Neste período, destacaram-se atacantes como o inglês Henry Welfare e Oswaldo Gomes, o último também conhecido por ter marcado o primeiro gol da Seleção Brasileira.

Desde 1904, o Fluminense já possuía um campo de jogo, que em 1919 transformou-se no Estádio das Laranjeiras, com capacidade para 18.000 espectadores e estrutura de cimento. Em 1922, as instalações foram ampliadas para 25.000 pessoas para acolher os Jogos Olímpicos Latino-Americanos e o Campeonato Sul-Americano, eventos marcantes do Centenário da Independência do Brasil.

Na década de 1920, o clube começou a se distanciar da imagem de ser apenas um clube elitista, à medida que o futebol se popularizava. Durante este período, o atleta Preguinho brilhou, sendo o autor do primeiro gol do Brasil em uma Copa do Mundo, em 1930. Em 1928, o Fluminense conquistou sua primeira taça internacional, a Taça Vulcain, e foi um defensor crucial da profissionalização do futebol brasileiro em 1933.

Antes da inauguração do Estádio Maracanã, o Fluminense conquistou 15 campeonatos cariocas, com destaque para o período de 1935 a 1941, quando venceu cinco títulos cariocas e diversos torneios, incluindo o Torneio Aberto de 1935 e o Municipal de 1938. Em 1941, o time teve uma performance excepcional no Campeonato Carioca, com 106 gols em 28 jogos.

A equipe do Campeonato Carioca de 1946 foi marcada pela atuação de Rodrigues e Ademir de Menezes, com 97 gols em 24 partidas. Na década de 1940, o Fluminense também venceu o Torneio Início de 1943 e o Municipal de 1948, com Orlando Pingo de Ouro marcando um gol decisivo de bicicleta.

Entre 1902 e 1948, o Fluminense disputou 2.180 partidas em 20 esportes coletivos, obtendo 1.558 vitórias. Em 1949, o clube recebeu a Taça Olímpica do Comitê Olímpico Internacional por sua notável contribuição aos esportes olímpicos.

Este período precede a inauguração do Estádio do Maracanã em 1950, quando os clubes cariocas entraram em uma nova era de mobilização de público e recursos, encerrando os primeiros 50 anos do Fluminense com grandes conquistas, tanto a nível estadual quanto internacional.

Conquistas Emblemáticas no Século XX na Era Maracanã

Fluminense e maracana

O Fluminense atingiu um marco histórico ao ser coroado campeão carioca de 1951 no Estádio do Maracanã, abrindo caminho para uma série de triunfos marcantes. Em 1952, num momento de luto pelo vice-campeonato mundial do Brasil, o clube trouxe alegria aos cariocas ao vencer de forma invicta a Copa Rio no Maracanã, considerada precursora da atual Copa do Mundo de Clubes da FIFA. Com um elenco estelar, incluindo Castilho, Píndaro, Pinheiro, entre outros, sob a liderança de Zezé Moreira, o Fluminense superou equipes como Sporting, Grasshopper e Corinthians para conquistar esse prestigioso troféu.

Em 1957, o Fluminense conquistou de forma invicta o Torneio Rio-São Paulo, precursor do Campeonato Brasileiro, e repetiu o feito em 1960 com apenas uma derrota. Além disso, a equipe da época também alcançou destaque no Campeonato Carioca e no Torneio Rio-São Paulo, com vice-campeonatos e performances memoráveis.

A década de 1950 foi marcada pela presença de jogadores notáveis como Castilho, Pinheiro e Telê, que foram peças-chave em ambos os momentos de glória do clube. Jair Marinho, Altair, Escurinho e Waldo, o maior artilheiro da história do Fluminense, brilharam especialmente na segunda metade da década.

Entre 1951 e 1960, o Fluminense celebrou vitórias importantes, incluindo a Copa Rio, dois Torneios Rio-São Paulo e dois Campeonatos Cariocas, além de dois Torneios Início, totalizando sete títulos oficiais.

Após a segunda conquista do Torneio Rio-São Paulo, o Fluminense alcançou a terceira posição na Taça Brasil de 1960 e no Torneio Rio-São Paulo de 1963. Em 1964, o clube foi coroado campeão carioca, seguido pelo Torneio Início de 1965 e pela Taça Guanabara de 1966. Neste período, o Fluminense também se destacou na Taça Brasil, terminando em quarto lugar, antes de Telê Santana formar um dos grandes times da história do clube em 1969.

Os elencos mais vitoriosos do Fluminense na segunda metade do século XX foram os de 1969-1971 e 1983-1986. O primeiro, conhecido como a “Máquina Tricolor”, conquistou o Campeonato Brasileiro de 1970, além do Campeonato Carioca e da Taça Guanabara em 1969 e 1971. O segundo time, também chamado de “Máquina Tricolor”, triunfou no Campeonato Brasileiro de 1984 e foi tricampeão carioca, além de alcançar um respeitável sexto lugar no Campeonato Brasileiro de 1986, encerrando um período de grande sucesso. Entre essas duas eras, os astros de 1975-1977 formaram a segunda “Máquina Tricolor”.

Essas conquistas exemplificam a trajetória impressionante do Fluminense na Era Maracanã, destacando o clube como um dos mais emblemáticos e vitoriosos do futebol brasileiro no século XX.

Era de Ouro da Máquina Tricolor

Entre 1975 e 1977, o Fluminense se destacou no cenário futebolístico pela excelência técnica de seus jogadores, conquistando duas vezes o campeonato carioca e chegando às semifinais do Campeonato Brasileiro, além de triunfar em torneios amistosos internacionais. Esta fase, também conhecida como a segunda era da “Máquina Tricolor”, contou com jogadores de renome como Félix, Toninho, Carlos Alberto Torres, entre outros, liderados pelo notável Roberto Rivellino, uma figura proeminente no futebol sul-americano do século XX.

No campeonato brasileiro de 1984, as estrelas do time incluíam o meia paraguaio Romerito, eleito o melhor jogador da América do Sul em 1985, a dupla ofensiva Assis e Washington, e o ponta-esquerda Tato, apoiados por uma defesa sólida com Paulo Vítor, Ricardo Gomes e Branco, e liderados pelo meio-campista Deley, sob a direção do futuro técnico campeão mundial Carlos Alberto Parreira.

Durante seu período mais glorioso, de 1969 a 1986, o Fluminense acumulou 13 títulos oficiais em 17 anos, incluindo 2 campeonatos brasileiros, 9 cariocas e 2 taças Guanabaras, além de vários torneios estaduais e amistosos nacionais e internacionais.

No âmbito estadual, entre 1950 e 2000, o Fluminense conquistou 13 campeonatos cariocas, uma Copa Rio, 3 torneios início e 3 taças Guanabaras, destacando-se como uma força dominante no futebol do Rio de Janeiro.

Conquistas do Século XXI

Fluminense e river

A nova era no Maracanã trouxe modernizações e redução de capacidade após reformas. Com a consolidação da Copa do Brasil como a segunda maior competição nacional e a adoção do formato de pontos corridos no Campeonato Brasileiro em 2003, o Fluminense se destacou entre 2007 e 2012. Este período, conhecido como o “Time de Guerreiros”, foi marcado pela conquista de dois campeonatos brasileiros, uma Copa do Brasil e um campeonato carioca, além de duas finais continentais. Jogadores como o meia argentino Darío Conca e o atacante Fred foram fundamentais nestas conquistas.

Outros nomes notáveis deste período incluem Diego Cavalieri, Mariano, Gum, Thiago Silva, Deco, Thiago Neves, Rafael Sóbis e Washington. O ano de 2012 foi eleito o melhor do Fluminense no século XXI, com destaque para a vitória na Copa do Brasil de 2007, liderada por jogadores como Roger Machado, Thiago Silva, Arouca, Cícero e Carlos Alberto.

Além disso, no século XXI, o Fluminense expandiu suas conquistas além das fronteiras estaduais, vencendo a Primeira Liga de 2016 com jogadores como Diego Cavalieri, Gum e Cícero, complementados pela experiência de Diego Souza e Magno Alves e pelo talento de novos jogadores como Gerson, Gustavo Scarpa e Marcos Júnior. Em 2022, o clube alcançou o título carioca e obteve o terceiro lugar tanto na Copa do Brasil quanto no Campeonato Brasileiro, com destaque para o artilheiro Germán Cano. O Fluminense também se destacou nos clássicos estaduais com um aproveitamento impressionante e registrou a maior goleada da história da Copa Sul-Americana contra o Oriente Petrolero.

Até o final de 2022, o retrospecto do time principal incluía 5.927 jogos, com uma performance notável contra 606 adversários diferentes. O clube também se destacou em partidas internacionais, jogando em 51 países e obtendo resultados expressivos em competições da Conmebol, como os vice-campeonatos da Copa Libertadores e da Copa Sul-Americana.

Em 2017, a revista Placar destacou o Fluminense como o segundo clube brasileiro com melhor desempenho contra equipes europeias. Além disso, a vitória sobre o River Plate pela Copa Libertadores em 2021, no dia do aniversário de 120 anos do clube, consolidou o Fluminense como um dos poucos clubes brasileiros a vencer tanto o Boca Juniors quanto o River Plate em seus estádios históricos. Essas conquistas refletem a trajetória vitoriosa e a influência contínua do Fluminense no futebol brasileiro e mundial.

Relação Histórica do Fluminense com a Seleção Brasileira

Fluminense e seleção brasileira (1)

O Estádio de Laranjeiras, pertencente ao Fluminense, desempenhou um papel fundamental na história da seleção brasileira de futebol, servindo como sua primeira sede. Entre 1914 e 1932, a seleção manteve uma série invicta de 18 jogos neste estádio, onde também disputou sua partida inaugural em 21 de julho de 1914, coincidindo com o aniversário de 12 anos do clube. Foi neste palco que o Brasil conquistou seus primeiros títulos significativos no futebol internacional: o Campeonato Sul-Americano (hoje Copa América) de 1919 e 1922. O Fluminense se destacou por fornecer uma quantidade significativa de técnicos e comissões técnicas à seleção ao longo dos anos.

Arnaldo Guinle, presidente do Fluminense e da Confederação Brasileira de Desportos, foi fundamental para o registro provisório da confederação brasileira na FIFA em 1916, e mais tarde, sob a presidência de outro membro do Fluminense, Oswaldo Gomes, o registro foi confirmado em 1923.

No Campeonato Pan-Americano de 1952, realizado no Chile, o Fluminense contribuiu notavelmente com o técnico Zezé Moreira e jogadores como Castilho, Pinheiro e Didi, que foram fundamentais para a conquista brasileira, apenas dois anos após a derrota na Copa do Mundo de 1950. Além disso, o clube teve representantes em 14 edições da Copa do Mundo, além de contribuir com importantes nomes formados no clube, como Telê Santana e Carlos Alberto Parreira, e com João Havelange, ex-atleta e presidente de honra do Fluminense, que mais tarde presidiu a CBD e a FIFA.

O Fluminense é o quinto clube que mais cedeu jogadores à seleção brasileira em Copas do Mundo, com 31 convocações, totalizando 92 jogadores que atuaram em jogos oficiais pela seleção principal. O clube também teve uma participação significativa nas seleções olímpicas e pan-americanas, contribuindo com diversos atletas ao longo dos anos. Três jogadores do Fluminense foram inclusos na Seleção de Futebol da América do Sul do Século XX, escolhidos por jornalistas de todo o mundo durante a Copa de 1998: Carlos Alberto Torres, Didi e Roberto Rivellino.

Projeto Internacional do Fluminense

Em 2015, o Fluminense iniciou um projeto internacional adquirindo um clube de futebol na Eslováquia, o ŠTK Šamorín. O nome foi alterado para FC ŠTK Fluminense Šamorín em 2017, adotando uniformes inspirados nos do Fluminense e utilizando o centro de treinamento

Xbionic Sphere, um dos melhores da Europa. Este projeto representava uma expansão significativa do clube no cenário europeu.

No entanto, em 24 de janeiro de 2018, o Fluminense anunciou o término deste projeto internacional devido à falta de investidores. Posteriormente, em 25 de junho de 2019, o ŠTK Šamorín decidiu retirar o nome do Fluminense, encerrando formalmente essa fase da expansão do clube carioca na Europa.

Essa iniciativa demonstrou a visão do Fluminense em expandir sua marca e influência no futebol além das fronteiras brasileiras, marcando um esforço notável na internacionalização do clube.

Origem do Nome e Identidade Visual do Fluminense 

O nome “Fluminense Futebol Club” foi adotado na assembleia de fundação do clube, datada de 21 de julho de 1902. A denominação “Fluminense”, uma alternativa ao inicialmente proposto “Rio Football Club”, tem suas raízes no latim “flúmen”, que significa “rio”. Além disso, “Fluminense” é um termo utilizado para designar os naturais do Estado do Rio de Janeiro, algo estabelecido desde a Constituição brasileira de 1891.

Escudo e Cores

Fluminense e escudo

O desenho do escudo do Fluminense foi inspirado no padrão suíço dos séculos XVIII e XIX, refletindo a educação de Oscar Alfredo Cox na Suíça, onde ele estudou antes de trazer o futebol organizado para o Rio de Janeiro. As letras entrelaçadas no escudo são de estilo gótico, tipo Old English, com origem na região do Norte dos Alpes, atual Alemanha, próxima à fronteira suíça. As três estrelas acima do escudo representam os tricampeonatos cariocas conquistados pelo clube (1917/1918/1919, 1936/1937/1938 e 1983/1984/1985), excluindo o tetracampeonato (1906/1907/1908/1909). As cores oficiais do clube, conforme seu estatuto, são encarnado, branco e verde, sendo o primeiro frequentemente referido como grená.

Reconhecimento Internacional do Escudo

Em maio de 2020, o jornal espanhol “Marca” classificou o escudo do Fluminense como o terceiro mais bonito do mundo entre clubes de futebol. Posteriormente, em maio de 2021, a revista inglesa “FourFourTwo” posicionou o escudo entre os cem mais bonitos do mundo, na 38ª colocação, numa lista que incluía apenas outros três clubes brasileiros.

Uniformes

A camisa tricolor do Fluminense é um ícone no mundo do futebol, descrita pelo jornalista argentino Luis Paz como “a camisa mais bonita do mundo”. O site inglês “Football Shirt Collective” destacou os lançamentos das camisas do Fluminense pela combinação original de cores, com o terceiro uniforme de 2020-21 sendo um forte candidato a mais bonito do ano.

Desde a Assembleia Geral Extraordinária de 15 de julho de 1904, a camisa tricolor é o uniforme oficial do clube, estreado na vitória sobre o Rio Cricket por 7 a 1. Os modelos atuais foram lançados oficialmente em maio de 2021, incluindo um selo comemorativo dos 115 anos da conquista do Campeonato Carioca de 1906. A camisa número três de 2020, predominantemente verde, homenageia os 125 anos do futebol no Brasil.

Parcerias e Patrocínios

O Fluminense manteve relações duradouras e significativas com patrocinadores e fornecedores de materiais esportivos. Entre 1999 e 2014, a parceria com a Unimed não apenas impulsionou o número de segurados da companhia de 238.000 para 1.200.000, mas também elevou a empresa de quarto para o maior posto entre as seguradoras de saúde do Brasil.

Com a Adidas, o relacionamento durou de 1996 a 2015, período no qual o Fluminense teve uma média de venda de 300.000 camisas por ano, posicionando-se como o quarto clube que mais vendia camisas no Brasil.

Em dezembro de 2019, o Fluminense firmou um contrato de três anos com a Umbro, uma renomada fornecedora inglesa de material esportivo. O contrato entrou em vigor com o lançamento dos novos uniformes em maio de 2020, marcando uma nova fase nas parcerias do clube.

Esses aspectos refletem a rica história do Fluminense e seu impacto significativo tanto no cenário nacional quanto internacional, consolidando sua imagem como um dos clubes mais emblemáticos e respeitados do futebol brasileiro.

Mascote e Símbolos do Fluminense 

O Fluminense, conhecido por sua torcida de personalidades ilustres e influentes, adotou como um de seus símbolos o “Cartola”. Este personagem foi criado pelo caricaturista argentino Lorenzo Mollas, representando a elegância e aristocracia com seu fraque, cartola e piteira, simbolizando os aristocratas fundadores do clube, que encarnavam a nobreza de espírito.

Com o passar do tempo, o Cartola ganhou uma versão infantil, o “Cartolinha”. Em 2013, este personagem evoluiu para o “Guerreirinho”, refletindo o espírito de luta e as

conquistas emocionantes dos jogadores do clube. Essa transformação coincidiu com a época em que o Fluminense, após uma série de resultados impressionantes no Campeonato Brasileiro de 2009, evitando o rebaixamento contra todas as probabilidades, começou a ser reconhecido como o “Time de Guerreiros”. Este apelido foi consolidado com a conquista do Campeonato Brasileiro no ano seguinte. Desde 2016, o clube adotou oficialmente o Guerreirinho como seu único mascote.

Padroeiros do Fluminense

O Fluminense, embora seja um clube laico, possui uma conexão significativa com símbolos religiosos, refletindo a cultura brasileira. Um exemplo notável dessa ligação é o Cristo Redentor, cuja missa de inauguração foi realizada no Estádio das Laranjeiras em 1931. O clube segue a tradição de ter santos padroeiros, comemorando e honrando suas imagens.

Nossa Senhora da Glória é uma dessas padroeiras, com sua festa da Assunção celebrada em 15 de agosto. Esta celebração, de origem portuguesa, tem uma paróquia dedicada a ela no Largo do Machado, próximo à sede social do Fluminense. A imagem de Nossa Senhora da Glória é exibida perto da entrada social do clube.

São João Paulo II, outro padroeiro, tem uma história especial com o clube. Em 1980, durante sua visita ao Rio de Janeiro, um menino de 10 anos presenteou o Papa com uma camisa do Fluminense. Desde então, a torcida Tricolor adotou a música “A Bênção, João de Deus”, que é entoada especialmente em momentos críticos dos jogos. O gol do título no Campeonato Carioca de 2005, por exemplo, ocorreu enquanto a torcida cantava essa música. Em 2010, São João Paulo II foi nomeado padroeiro do clube, ao lado de Nossa Senhora da Glória.

Em 2013, o Fluminense manteve essa tradição religiosa ao presentear o Papa Francisco com uma camisa do clube durante a Jornada Mundial da Juventude, quando ele visitou o Estádio das Laranjeiras.

Esses elementos culturais e religiosos enriquecem a identidade do Fluminense, refletindo seu legado e tradição no cenário do futebol brasileiro.

Hinos e Símbolos Musicais do Fluminense

O Fluminense Fotebol Club é representado por dois hinos: um oficial e um popular. O primeiro hino surgiu com a letra de Coelho Neto, adaptada à melodia de “It’s a Long Way to Tipperary”, de Jack Judge e Harry Williams. Este hino foi apresentado na inauguração da terceira sede do clube em 23 de julho de 1915. Posteriormente, em 1916, foi substituído por um hino oficial, com letra e música de Antônio Cardoso de Menezes Filho, substituindo o hino anterior que estava sendo alvo de paródias.

Entretanto, o hino mais famoso e querido pelos torcedores é a “Marcha Popular”, composta na década de 1940 por Lamartine Babo, um dos mais renomados compositores brasileiros, com a letra de Lyrio Panicali. Este hino se destaca por ser o único entre os grandes clubes brasileiros composto em tom menor.

A gravação original da “Marcha Popular” foi realizada na década de 1940 pelo Trio Melodia, composto por Paulo Tapajós, Nuno Roland e Albertinho Fortuna, todos tricolores e destaques da Rádio Nacional na época. A remasterização dessa gravação trouxe de volta a letra original, incluindo a terceira estrofe que havia sido omitida em gravações posteriores.

Apelido “Pó de Arroz”

O apelido “pó de arroz” do Fluminense originou-se de um episódio ocorrido em um clássico contra o America no Campeonato Carioca de 1914. Carlos Alberto, jogador mestiço do Fluminense, teria usado pó de arroz para disfarçar sua pele morena, levando a torcida

do America a apelidar os jogadores do Fluminense com este termo. A escolha deste dia, 13 de maio, coincidindo com a celebração da libertação dos escravos, pode ter reforçado o surgimento dessa lenda.

Conforme narrações históricas, o uso do pó de arroz por Carlos Alberto era um meio de disfarçar sua cor de pele. No entanto, segundo depoimentos de Marcos Carneiro de Mendonça, ex-jogador de ambos os clubes, o produto poderia ter sido utilizado para aliviar irritação da pele, possivelmente após o barbear, um uso comum na época.

Com o passar do tempo, esse apelido foi adotado pela torcida do Fluminense de forma positiva. A tradição de lançar pó de arroz e talco na entrada dos jogadores em campo se tornou um dos rituais mais marcantes e belos realizados pela torcida, celebrando o espírito e a identidade do clube.

Esses hinos e tradições refletem a rica história cultural do Fluminense, reafirmando a forte conexão entre o clube, sua música e sua torcida, elementos que continuam a enriquecer o futebol brasileiro.

Confrontos Memoráveis do Fluminense 

Desde o início de sua trajetória em 1902, o Fluminense participou de inúmeros jogos importantes e decisivos, tanto em competições nacionais quanto internacionais. Estes confrontos marcaram profundamente a história do clube.

Em 5 de maio de 2020, uma votação realizada no site Globoesporte.com elegeu o triunfo do Fluminense por 3 a 0 sobre o Peñarol na Copa Rio de 1952 como o jogo mais emblemático do clube. Essa vitória, obtida diante de mais de 63.000 espectadores, foi particularmente simbólica, considerando que o Peñarol compunha a base da seleção uruguaia, campeã mundial dois anos antes.

Os jogos subsequentes mais votados foram a vitória do Fluminense por 3 a 2 sobre o Flamengo na final do Campeonato Carioca de 1995 e a vitória por 3 a 1 sobre o São Paulo nas quartas de final da Copa Libertadores de 2008. Outros confrontos históricos incluem vitórias sobre Corinthians, Palmeiras, Guarani, Coritiba, Flamengo, Atlético Mineiro e Figueirense em diversas competições.

Em 9 de maio de 2020, o confronto contra o Peñarol foi eleito a segunda maior partida da história dos clubes brasileiros. Já em 16 de junho de 2020, a final do Campeonato Carioca de 1995 foi reconhecida como o maior jogo da história do Maracanã.

Estádio Manoel Schwartz (Laranjeiras)

O Estádio Manoel Schwartz, mais conhecido como Estádio de Laranjeiras, é um local histórico para o Fluminense, tendo sediado jogos importantes ao longo de décadas. Apesar de não ser mais utilizado para grandes partidas devido à capacidade e questões de segurança, Laranjeiras segue sendo um local importante para o clube, especialmente para jogos das categorias de base e do futebol feminino.

Inaugurado em 1919, o Estádio de Laranjeiras foi o primeiro na América Latina a ser construído totalmente de cimento. Além disso, sediou importantes conquistas e partidas memoráveis, incluindo a primeira partida da Seleção Brasileira e diversos títulos oficiais.

Estádio do Maracanã

 

O Estádio Jornalista Mário Filho, conhecido como Maracanã, é a atual casa do Fluminense para partidas de grande porte. Inaugurado em 1950, este icônico estádio tem sido palco de eventos importantes como Copas do Mundo e Jogos Olímpicos. O Fluminense conquistou vários títulos nesse estádio e participou de campanhas inesquecíveis.

Estádio do Engenhão

O Estádio Olímpico João Havelange, popularmente conhecido como Engenhão, tornou-se um local alternativo para os jogos do Fluminense quando o Maracanã esteve fechado para reformas. Neste estádio, o clube conquistou títulos importantes, como o Campeonato Brasileiro de 2010 e o Campeonato Carioca de 2012.

Esses estádios e partidas representam momentos cruciais na história do Fluminense, ilustrando a rica herança e o impacto duradouro do clube no futebol brasileiro e mundial.

Apoio e Presença dos Torcedores do Fluminense

A torcida do Fluminense, conhecida por sua paixão e lealdade, tem uma presença significativa tanto no Brasil quanto em outras regiões. Um estudo de 2014, com uma margem de erro de apenas 0,68%, estimou que o clube tem entre 2.271.007 e 5.028.659 torcedores, predominantemente nas classes A, B e C, e com a maior proporção de torcedores com ensino superior entre os clubes brasileiros. A torcida do Fluminense está fortemente concentrada nas capitais, onde representa cerca de 4,2% do total das populações somadas dessas áreas.

Em termos regionais, o Fluminense tem torcedores em todos os estados do Brasil, com uma presença particularmente forte no Estado do Espírito Santo e na Zona da Mata Mineira. No Estado do Rio de Janeiro, o clube tem uma base de torcedores estimada em cerca de 1.900.000 pessoas em 2014. Pesquisas realizadas no Estado do Rio de Janeiro e no Espírito Santo consistentemente apontam o Fluminense como tendo a terceira maior torcida.

Na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, o Fluminense tem sido reconhecido como a terceira maior torcida em várias pesquisas, com percentuais variando entre 11,7% e 18,2%. Isso se reflete também no número de seguidores em redes sociais, onde o Fluminense ocupa a 11ª posição entre os clubes brasileiros.

Em termos de sócios torcedores, o Fluminense estava na 8ª posição entre os clubes brasileiros em 2019. Em 2020, o clube atingiu 35.000 sócios torcedores adimplentes, com sócios presentes em todos os estados do Brasil. As cidades com mais sócios torcedores incluem Rio de Janeiro, Niterói, Brasília, São Gonçalo, Nova Iguaçu, Duque de Caxias, São Paulo, Petrópolis, Vitória e Juiz de Fora.

Quanto à presença nos estádios, o Fluminense é conhecido por levar um grande número de torcedores aos jogos. O clube foi o que mais atraiu público em três edições do Campeonato Brasileiro e possui uma das melhores médias de público na história da competição. Em 1970, por exemplo, teve uma média de 40.990 torcedores por jogo com mando de campo.

Além disso, o Fluminense registrou alguns dos maiores públicos em partidas realizadas no Maracanã, incluindo jogos memoráveis do Campeonato Brasileiro e amistosos internacionais contra equipes como Porto e Bayern de Munique. Entre os confrontos mais notáveis, destacam-se jogos contra o Corinthians, Atlético Mineiro, Internacional, Santos, LDU Quito e Boca Juniors.

Essa impressionante base de torcedores do Fluminense, tanto em termos numéricos quanto em paixão e lealdade, reflete o profundo vínculo entre o clube e seus apoiadores, formando um dos pilares da rica história do Fluminense no futebol brasileiro e mundial.

Engajamento do Fluminense na Luta Contra o Câncer de Mama

Câncer de Mama

Durante o mês de outubro, que marca a campanha Outubro Rosa, o Fluminense se empenha em ações de conscientização sobre o câncer de mama. Em 2019, o clube colaborou com o Instituto Fair Play na campanha “O Futebol Contra o Câncer de Mama – Marque esse Gol!”, cujo objetivo era promover a prevenção dessa doença, enfatizando a importância do diagnóstico e tratamento precoces.

Nos anos de 2020 e 2021, o Fluminense lançou camisas especiais na cor rosa como forma de chamar atenção para esta causa. O design da camisa de 2021 foi pensado de maneira que cada diamante estampado simbolizasse uma torcedora, unindo-as simbolicamente na luta contra o câncer de mama e na promoção da conscientização e prevenção.

Iniciativa Flu Educação Esportiva

O programa Flu Educação Esportiva é uma iniciativa de desenvolvimento esportivo abrangente, implementado em todo o Brasil. Baseia-se em uma política sócio-esportiva, na qual o Fluminense atua como um embaixador da cultura do esporte olímpico. Esta iniciativa reflete o compromisso do clube com o esporte e a educação, promovendo valores e práticas saudáveis entre jovens e adultos em todo o país.

Fluminense Feminino

O Fluminense tem investido significativamente no futebol feminino, reconhecendo a importância e o crescimento desta modalidade no Brasil e no mundo. A equipe feminina do Fluminense, assim como a masculina, é conhecida por sua tradição e competitividade.

O clube tem se esforçado para fortalecer sua equipe feminina, oferecendo infraestrutura adequada, treinamento de qualidade e suporte para as atletas. Isso inclui não apenas o desenvolvimento técnico e tático, mas também o apoio físico, médico e psicológico.

A equipe feminina do Fluminense participa de diversas competições nacionais, incluindo o Campeonato Brasileiro de Futebol Feminino e o Campeonato Carioca de Futebol Feminino. Essas competições têm sido palco para o clube demonstrar seu talento e compromisso com o desenvolvimento do futebol feminino.

Além do aspecto competitivo, o Fluminense busca promover valores de igualdade de gênero e empoderamento feminino através de sua equipe feminina, incentivando mais mulheres a se envolverem com o esporte, seja como atletas, torcedoras ou em outras funções.

O envolvimento do Fluminense no futebol feminino também se reflete em iniciativas de base, com a formação de novas atletas e o fortalecimento das categorias de base femininas. O clube se empenha em identificar e nutrir talentos desde cedo, proporcionando um caminho para o desenvolvimento profissional dentro do esporte.

Esse investimento no futebol feminino é parte de um movimento mais amplo no futebol brasileiro e global, onde cada vez mais clubes estão reconhecendo a importância e o potencial desta modalidade. O Fluminense, com sua rica história no futebol, se posiciona como um clube pioneiro e influente também no futebol feminino, contribuindo para o crescimento e a popularização do esporte entre as mulheres.

 

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